Por Natalia Cesana (da Redação)
Bronson, um cão da raça Great Dane, foi parar em um abrigo de animais de Woodend, na Austrália, o Pets Heaven, porque seu tamanho ficou “muito grande” para a família que o havia acolhido. Em um mês, o funcionário do abrigo ofereceu a Bronson a chance de ter um lar carinhoso, mas nem todos os animais que lá estão têm essa sorte.
Segundo informações do jornal The Sidney Morning Herald, a atual legislação do estado determina que depois de 28 dias, os animais que estão em abrigos ou abandonados devem ser permanentemente recolhidos ou eutanasiados.
A dona do abrigo onde Bronson estava, Trish Burke, considera essa norma ridícula. “Nenhum outro estado tem isso. Eu saio, salvo um gato ou um cachorro maravilhoso, não há nada de errado com ele e em 28 dias eu tenho que dar um fim nele. E não é porque não temos onde abrigá-lo; é a lei e você tem cumpri-la”, disse.
Dados de entidades preocupadas com o bem-estar animal estimam que por volta de 250 mil gatos e cachorros são abandonados por ano na Austrália. Elas dizem que se as leis de proteção animal fossem alteradas, o número de eutanásias seria drasticamente reduzido.
Diversas entidades pelo bem-estar animal, num numero que já chega a 538 instituições, têm apoiado fortemente que o governo descarte essa regra e faça uma revisão na lei que normatiza a conduta a ser tomada para os animais de abrigos e confinamentos.
Birke considera ainda extremamente injusto que criadores e pet shops mantenham um animal preso numa gaiola por tempo indeterminado, por exemplo.
Muitos grupos pedem melhorias nas regras de cuidado animal. O governo propôs um limite de 12 semanas de adoção temporária até que o animal volte ao abrigo. Burke defende que não estipular prazos é melhor porque o realojamento causa estresse e doenças aos animais.