O inverno deste ano iniciou às 07h51 do dia 21 de junho, época em que os animais normalmente diminuem suas atividades pelas baixas temperaturas que ocorrem no período. Este efeito é sentido nos resultados obtidos pela Gestão Ambiental (STE S.A.) durante as campanhas do Programa de Monitoramento e Controle de Atropelamento de Fauna, pois a estação é a que apresenta o menor número de registros desde que começaram as amostragens, em 2012.
Marcando o primeiro monitoramento desse período, a equipe percorreu, entre os dias 23 e 27 de junho, as obras de duplicação da BR-116/RS para inventariar as espécies silvestres atropeladas na rodovia. Durante a observação veicular, feita com velocidade de 40km/h, foram contabilizados répteis, aves e mamíferos. Já nos dias 30 de junho e 01 de julho, registrou-se os anfíbios através do método chamado de “caminhamento”, em que os técnicos percorrem a pé os trechos com maios ocorrência de atropelamentos com estas espécies.
A novidade é que além de aplicar a metodologia prevista no Plano Básico Ambiental (PBA) do empreendimento, a Gestão deu início a novos exercícios de amostragem. Por meio do cálculo de detenção e de remoção de carcaças, objetiva-se reduzir a margem de erro ao calcular a porcentagem de animais não observados durante o percorrido e a quantidade de animais removidos antes da chegada da equipe, seja pela ação de veículos, predadores, clima, entre outros fatores. O coordenador setorial de fauna da STE S.A., Guillermo Dávila Orozco, explica que a inclusão deste cálculo dará uma estimativa mais real da quantidade de animais atropelados por dia.
Por meio dos dados obtidos ao longo das campanhas, foram identificadas zonas de concentração de atropelamentos. Para mitigar estes impactos, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) projetou a implantação de estruturas que facilitem a travessia de forma segura ou impeçam a passagem de animais sobre a rodovia. No trecho de Guaíba a Pelotas, o órgão prevê a instalação de telas isoladoras e de 42 estruturas indicadas como passagens de fauna – medidas que deverão minimizar os índices de mortalidade da fauna na região.
Fonte: Blog do Juares