O sofrimento dos animais selvagens e silvestres aprisionados nos zoológicos ucranianos é foco de uma importante reportagem do The New York Times. Animais de grande porte, como o elefante-asiático Horace, estão vivendo à base de sedativos. Zebras estão presas em pequenos cercados e se debatem em desespero quando escutam os sons das bombas.
A lêmure Maya, que acabou de dar à luz um bebê, abandonou o próprio filhote em razão do estresse. Após 10 dias de confronto, os suprimentos estão acabando e não há nenhuma expectativa de conseguir retirar os animais que, além de serem privados de sua liberdade para entreter seres humanos, se tornaram alvos fáceis e correm risco iminente de morte.
A guerra está cada vez mais próxima da capital ucraniana e o zoo de Kiev está sob a mira de bombardeios. Os animais aprisionados no local estão exibindo de forma cada vez mais nítida sinais de sofrimento emocional. Eles ficam encolhidos, apreensivos e buscam locais para se esconder. Tiros são disparados de manhã até à noite.
Os animais menores estão sendo mantidos em bunkers, mas animais de grande porte, como elefantes e girafas, ainda estão na superfície e sentem todos os efeitos colaterais da guerra. O diretor do zoo, Kyrylo Trantin, afirma não saber o que fazer. “Eles não têm espaço para se esconder ou correr. Uma vez que estão fora do zoológico, eles têm menos opções do que qualquer humano”.
Na cidade de Kharkiv, o Feldman Ecopark foi atingido por bombas e macacos e veados morreram. O zoo de Kiev ainda não foi atacado, mas sofre com a tensão dos confrontos. Um santuário fora de Kiev conseguiu transferir leões, tigres e outros animais menores para um zoo na Polônia até o fim dos conflitos. No entanto, grandes animais, como ursos, ainda estão em risco.
O zoo de Kiev afirma que teme pelos animais herbívoros, que precisam de alimentos frescos. Muitos funcionários estão recolhendo legumes e verduras de hortas locais, mas não na quantidade suficientes que grande animais, como elefantes, precisam diariamente. O bebê lêmure abandonado pela mãe está sobrevivente com leite artificial.
Trantin afirma que, infelizmente, a única coisa a ser feita é esperar.
Nota da Redação: zoológicos e outros locais que aprisionam animais devem ser completamente extintos. Casos como os zoos da Ucrânia servem para alertar a população mundial sobre a injustiça e crueldade escondida atrás de zoológicos e outros locais que mantém animais em cativeiro apenas para divertimento humano. É preciso clarear a consciência para entender e respeitar os direitos animais. Eles não são objetos para serem expostos e servirem ao prazer de seres humanos. As pessoas podem obter alguns minutos de entretenimento, mas para eles é uma vida inteira de exploração e abusos condenados pelo egoísmo humano.