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Os animais que amamos

12 de setembro de 2014
3 min. de leitura
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Os animais que amamos, os que estão próximos de nós ou não, os que entram em casa e os que não caberiam nela, os que fazem gracinha pra gente e os que simplesmente nos ignoram ou fogem da nossa presença, todos eles pertencem a uma grande unidade – um todo do qual fazemos parte, uma vez que somos animais também. Demonstrar amor e respeito a qualquer um deles abre no seu coração uma porteira sem dimensões mensuráveis, através da qual podem passar todos os animais deste planeta, os que correm, os que rastejam, os que pulam, voam, andam e nadam. Mostrar-se sensível a qualquer manifestação de um animal sinaliza sua predisposição por abraçar todos eles; se não fisicamente, conscientemente, como mais um traço de seu avanço moral, de sua vontade de se tornar alguém melhor. Por isso se faz tão importante a reflexão sobre nosso estilo alimentar e modo de vida, no que diz respeito a estes seres magníficos, que vieram à Terra por suas próprias razões e não pelos motivos aos quais muitos de nós ainda insistem em acreditar. Animais são um reflexo do que há de mais puro e belo, mais singelo e verdadeiro em nosso querido planeta. Eles expressam o amor sem medo, vivem sua essência em paz e em harmonia com tudo o mais que existe. Deixar de se alimentar deles, comprá-los, optar por não usar ou consumir produtos derivados deles, abandonar as visitas a lugares onde são exibidos ao público como coisas, tudo isso é fundamental para acompanhar o traço evolutivo, fruto do tempo e do aprendizado da raça humana durante sua existência. Ao abraçar seu cão, de uma forma ou de outra, está abraçando também o macaco, que olha a árvore da jaula, a ave, que canta sua vontade de voar livre, o peixe pequeno e o grande, confinados em aquários que jamais irão substituir suas reais casas, as vacas, porcos e galinhas, vítimas das torturas indescritíveis às quais são submetidos em nome do dinheiro e do comodismo. Ao beijar amorosamente seu gato, estará beijando igualmente o cavalo, que puxa a carroça até esvair-se de cansado, o camelo, condenado a servir os turistas até que, ao não ‘prestar’ mais para o trabalho, seja cruelmente descartado, o leão dopado, cuja criança ou adulto abraçam ao sorrir para a foto, os tubarões, que têm suas barbatanas cortadas, e, após isso, são devolvidos para morrerem no mar, as tartarugas, golfinhos e outros peixes, vítimas da cruel pesca de arrasto. Todos nós temos no coração o chamado para o bem, para a prática do amor, seja com os animais, seja com nossos semelhantes, que atravessam situações das quais jamais gostaríamos de estar. É esse estado de ignorância e apatia, de sentir no fundo do coração, mas não agir, muito provavelmente, que vem causando em nós, por exemplo, a tal tristeza ‘sem motivo’, que, ao menor ato de bondade, desaparece como vapor no ar. É isso. Fica a reflexão, e o convite para descobrir novos meios de ser e existir sem precisar destruir, matar, escravizar ou aprisionar. Sejamos felizes e façamos deste planeta um lugar mais pacífico e mais bonito ainda de se viver.

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