“É preciso salvar os animais – não o zoológico; essa é a questão que já começa a ser deturpada pela imprensa, com a manchete que a ‘crise grega coloca em risco animais do zoológico por falta de alimento’, pois omite que o Attica Park pretende construir um ‘Dolphinarium’ para expandir os shows que já apresenta com os golfinhos que mantém aprisionados, e que inclusive foi denunciado pelo diretor do Dolphin, e do documentário’ The Cove'” – Richard O’Barry.
Diante do atual cenário grego, mais impostos e menos dinheiro em circulação, esse zoológico deveria ser fechado e os animais deveriam ser enviados a santuários para reabilitação em outros países.
Depois da imposição no controles de saques aos bancos da Grécia, o fornecimento de alimentos importados, para alimentar os 2.200 animais de 345 espécies no único jardim zoológico de Atenas está ameaçado , diz o fundador do Attica Park em Atenas, Jean-Jacques Lesueur.
Mas é a situação dos animais é o que mais preocupa, pois eles precisam comer hoje, amanhã e sempre. É uma questão de vida ou morte para os animais.
Ano passado Ric O’Barry, esteve ao lado de ativistas gregos documentando as exibições dos golfinhos no Attica Park, e escreveu na página do Dolphin Project.
“Shows que apresentam animais são proibidos na Grécia, com exceção de alguns animais domésticos como cavalos.
Mas o Attika Zoo ainda tem shows de golfinhos, todos os dias, e várias vezes ao dia. O Zoo fica a margem da lei, comercializando o show de golfinhos como “uma experiência educacional”.
Estamos aqui para expor a mentira e parar com os shows de golfinhos uma vez por todas. Estou na Grécia acompanhado por um notável número de ativistas gregos e também alguns Cove Guardians”.
Em um vídeo comovente distribuindo os últimos biscoitos aos lêmures confinados , o dono do zoo deu uma entrevista a agência Reuters, dizendo que;
“Muitos de nossos animais necessitam de uma dieta especial, uma nutrição específica que tem de ser importada”.
No entanto não é possível saber se o dono do zoológico fala ‘toda’ a verdade, já que até pouco tempo ele pretendia
Como outras empresas estrangeiras, fornecedores de produtos que incluem desde peixes congelados da Holanda a minhocas provenientes da Alemanha e aditivos especiais da França, que costumavam ser pagos 60 dias após a entrega, estão agora exigindo o pagamento com antecedência.
Duas semanas atrás, em 7 de julho, ele recebeu um telefonema de seus fornecedores informando que o suprimento regular para três semanas, que seria mandado dentro de dois dias, teria de ser pago adiantado.
“Você não pode fazer isso, estamos falando de vidas animais aqui”, ele disse aos fornecedores, que finalmente cederam e concordaram em fazer uma exceção. Mas eles alertaram que os pedidos futuros teriam que ser pagos antecipadamente.
Andando pelo jardim zoológico, ele aponta para os tamanduás, que recebem em torno de uma tonelada de minhocas por ano, ou focas, pelicanos, pinguins e golfinhos que dependem do arenque congelado proveniente da Holanda.
Enquanto isso, ele tenta encontrar outras soluções, usando aditivos para alimentação animal (ração para animais silvestres).
Como o número de visitantes caiu durante a crise econômica, o jardim zoológico de propriedade privada também está se preparando para o choque no aumento acentuado de impostos conforme o pacto com os credores gregos.
Fonte: Mural Animal