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Animais abandonados são atendidos por abrigo em Aracaju (SE)

5 de julho de 2011
3 min. de leitura
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Entre os problemas vividos nas cidades, o abandono de animais se configura como de grave seriedade. Algumas organizações trabalham no sentido de sanar o sofrimento desses animais que quando abandonados, passam a vagar pelas ruas sem alimentos e cuidados, sujeitos a toda sorte de eventos, dentre os quais agressões e doenças.

A presidente da Associação Defensora dos Animais São Francisco de Assis (Adasfa), em Aracaju (SE) Maria Antônia Oliveira Santos Teles, denuncia que o descaso do poder público na solução desse problema.“A castração de animais é de extrema necessidade, mas não há projetos do governo que incentivem a correta prática dessa ação”, argumenta.

Divulgação
Convivendo com a questão diariamente, Maria Antônia revela que o maior problema dos abrigos que cuidam de animais abandonados se relaciona com questões financeiras. “Precisamos pagar conta de água, luz, comprar alimentos como ração. Remédios e tratamento médicos também são necessários. Além disso, temos que manter um quadro de funcionários cuidando dos cães e gatos. Conseguimos sobreviver com a ajuda de pessoas, que muitas vezes não é suficiente”, comenta.

Para ela, sendo a questão um problema de interesse público, a participação financeira do governo é fundamental. “Esse ano nós, representantes do abrigo, fomos até a assembleia legislativa em busca de ajuda financeira. Conseguimos com alguns parlamentares a liberação de verba, que não foi muito dinheiro, mas ajudou a casa”, explica. Outra ajuda importante é a disponibilidade para trabalho. “Qualquer ajuda é bem vinda, mas temos uma urgência de colaboração de veterinários”.

Abrigos

Maria Antônia ressalta que os abrigos para animais abandonados não deveriam existir, mas na realidade estão lotados. “Os abrigos existem por conta da crueldade das pessoas que abandonam seus animais por eles estarem velhos, doentes ou simplesmente porque a família mudou para casa nova”, explica indignada a presidente da Adasfa. O abrigo mantido pela Adasfa conta hoje com um total de 130 cães e 200 gatos.

Ações

A Adasf está mobilizando outras organizações do estado que cuidam de animais abandonados, no intuito de elaborar e apresentar projeto para o governo promover castração dos animais que vivem na rua e também daqueles que seus tutores tiverem interesse em castrar.

Além disso, quem tiver interesse em cuidar desses animais, pode adotar um dos animais que estão no abrigo da Adasf. Quem quer adotar pode ir até o abrigo e fazer um cadastro, composto por documentos básicos (CPF e RG) e endereço, pois é parte do processo de adoção uma análise do domicílio das pessoas.

Os interessados podem adotar animais no abrigo ou em feiras de adoção. Foto: Adasfa

Maria Antônia ressalta que a adoção é composta por um processo criterioso. “Não queremos que os animais saiam daqui para viver como cães de guarda em estabelecimentos comerciais ou em chácaras, pois nesses casos os bichos vivem trancados todo dia e quando são soltos pela noite, ficam sozinhos, nessas condições preferimos manter os animais no abrigo. O que queremos é dar um lar, de preferência numa família onde todos desejem ter um”, explica.

Feira de adoção

A Adasf promove feira de adoção sempre no primeiro domingo de todo mês. “A intenção dessa feira é levar o problema para junto das pessoas e os resultados são bastante positivos, apenas na última feira, conseguimos que cinco gatos e quatro cães fossem adotados. Isso prova que a sociedade está abraçando a causa”, comenta Maria Antônia.

Os interessados em colaborar podem entrar em contato com a Adasfa através do (79) 3231-6428.

Fonte: Infonet

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