A presidente da Associação Defensora dos Animais São Francisco de Assis (Adasfa), em Aracaju (SE) Maria Antônia Oliveira Santos Teles, denuncia que o descaso do poder público na solução desse problema.“A castração de animais é de extrema necessidade, mas não há projetos do governo que incentivem a correta prática dessa ação”, argumenta.
Para ela, sendo a questão um problema de interesse público, a participação financeira do governo é fundamental. “Esse ano nós, representantes do abrigo, fomos até a assembleia legislativa em busca de ajuda financeira. Conseguimos com alguns parlamentares a liberação de verba, que não foi muito dinheiro, mas ajudou a casa”, explica. Outra ajuda importante é a disponibilidade para trabalho. “Qualquer ajuda é bem vinda, mas temos uma urgência de colaboração de veterinários”.
Abrigos
Maria Antônia ressalta que os abrigos para animais abandonados não deveriam existir, mas na realidade estão lotados. “Os abrigos existem por conta da crueldade das pessoas que abandonam seus animais por eles estarem velhos, doentes ou simplesmente porque a família mudou para casa nova”, explica indignada a presidente da Adasfa. O abrigo mantido pela Adasfa conta hoje com um total de 130 cães e 200 gatos.
Ações
A Adasf está mobilizando outras organizações do estado que cuidam de animais abandonados, no intuito de elaborar e apresentar projeto para o governo promover castração dos animais que vivem na rua e também daqueles que seus tutores tiverem interesse em castrar.
Além disso, quem tiver interesse em cuidar desses animais, pode adotar um dos animais que estão no abrigo da Adasf. Quem quer adotar pode ir até o abrigo e fazer um cadastro, composto por documentos básicos (CPF e RG) e endereço, pois é parte do processo de adoção uma análise do domicílio das pessoas.
Maria Antônia ressalta que a adoção é composta por um processo criterioso. “Não queremos que os animais saiam daqui para viver como cães de guarda em estabelecimentos comerciais ou em chácaras, pois nesses casos os bichos vivem trancados todo dia e quando são soltos pela noite, ficam sozinhos, nessas condições preferimos manter os animais no abrigo. O que queremos é dar um lar, de preferência numa família onde todos desejem ter um”, explica.
Feira de adoção
A Adasf promove feira de adoção sempre no primeiro domingo de todo mês. “A intenção dessa feira é levar o problema para junto das pessoas e os resultados são bastante positivos, apenas na última feira, conseguimos que cinco gatos e quatro cães fossem adotados. Isso prova que a sociedade está abraçando a causa”, comenta Maria Antônia.
Os interessados em colaborar podem entrar em contato com a Adasfa através do (79) 3231-6428.
Fonte: Infonet