Quem anda pelas ruas e praças de Uberaba, em MG, frequentemente pode notar a presença de cães e gatos, na maioria das vezes abantutorados pelos seus antigos tutores.
De acordo com o médico veterinário e responsável técnico do Centro de Zoonoses, Marcos Abel Domingues, a carrocinha, conhecida por capturar esses animais, continua funcionando.
Por outro lado, ele afirma que o local não é um abrigo para cães ou gatos abantutorados. “Nossa prioridade é trabalhar a saúde pública. Por isso, desde outubro de 2008 não mais recolhemos animais considerados sadios, a não ser fêmeas em período de cio. Atualmente, capturamos animais agressivos, doentes ou machucados por conta de algum acidente ou briga”, explica Domingues, lembrando que a pessoa que optar por se desvencilhar do animal de estimação, mesmo com ele sadio, deve mesmo doá-lo ou procurar um abrigo.
“Pregamos sempre a posse responsável. Ou seja, a pessoa que adquire um animal é responsável por ele pelo resto da vida, já que um cachorro, por exemplo, passa a ser um membro da família”, completa.
A decisão de não mais capturar e abrigar animais sadios partiu da necessidade de se estabelecer a verdadeira finalidade do Centro de Zoonoses, explica Domingues.
O médico lamenta a falta de esclarecimento da população no sentido de cuidar da saúde animal e do controle populacional. Segundo ele, em seis anos, 67 mil cães podem nascer a partir de uma fêmea e seus descendentes.
“É um número alto. Por isso, deve ser controlado. Estamos com um projeto visando famílias de baixa renda, que consistirá na informação e castração desses animais. Por outro lado, toda a cidade precisa se conscientizar que, ao adotar ou comprar um animal, é necessário pensar em todas as consequências. Então, continuaremos a executar nosso trabalho, que é cuidar da saúde pública”, explica.
Fonte: JM Online