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RETROCESSO

Angola reabre temporada de caça de animais selvagens colocando interesses acima da vida após 17 anos de proibição

Governo ignora sofrimento animal e prioriza lucro, desrespeitando décadas de avanços na proteção da vida selvagem.

18 de agosto de 2025
Júlia Zanluchi
1 min. de leitura
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Foto: Franciany Braga

O Ministério da Agricultura e Florestas (MINAGRIF) da Angola anunciou recentemente a reabertura do período oficial de caça no país, marcando um trágico retrocesso na proteção da vida selvagem após 17 anos de suspensão. A decisão é um golpe cruel contra os animais, que agora enfrentarão novamente a perseguição e a morte legalizadas.

Em 2008, a suspensão da caça foi implementada com o objetivo de permitir a recuperação das populações animais, ameaçadas pela caça predatória. Agora, ignorando anos de esforços, o governo angolano decidiu reabrir a temporada de caça entre 1º de agosto e 31 de dezembro de cada ano, alegando “condições ecológicas favoráveis”.

João da Cunha, secretário de Estado para as Florestas, ainda pediu a colaboração de governos provinciais e caçadores para divulgar o novo regulamento, normalizando a violência contra animais como se fosse uma atividade aceitável.

Enquanto o mundo avança na defesa dos direitos animais, Angola dá um passo atrás, privilegiando interesses económicos e cruéis em detrimento da vida. A reabertura da caça ameaça espécies vulneráveis e passa a mensagem de que os animais são meros recursos a serem explorados, e não seres sencientes dignos de compaixão e proteção.

Organizações de defesa animal já se manifestaram contra a medida, exigindo a revogação imediata da decisão. Enquanto isso, os animais de Angola pagarão com suas vidas o descaso de um governo que escolheu o retrocesso em vez da evolução.

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