O Ministério da Agricultura e Florestas (MINAGRIF) da Angola anunciou recentemente a reabertura do período oficial de caça no país, marcando um trágico retrocesso na proteção da vida selvagem após 17 anos de suspensão. A decisão é um golpe cruel contra os animais, que agora enfrentarão novamente a perseguição e a morte legalizadas.
Em 2008, a suspensão da caça foi implementada com o objetivo de permitir a recuperação das populações animais, ameaçadas pela caça predatória. Agora, ignorando anos de esforços, o governo angolano decidiu reabrir a temporada de caça entre 1º de agosto e 31 de dezembro de cada ano, alegando “condições ecológicas favoráveis”.
João da Cunha, secretário de Estado para as Florestas, ainda pediu a colaboração de governos provinciais e caçadores para divulgar o novo regulamento, normalizando a violência contra animais como se fosse uma atividade aceitável.
Enquanto o mundo avança na defesa dos direitos animais, Angola dá um passo atrás, privilegiando interesses económicos e cruéis em detrimento da vida. A reabertura da caça ameaça espécies vulneráveis e passa a mensagem de que os animais são meros recursos a serem explorados, e não seres sencientes dignos de compaixão e proteção.
Organizações de defesa animal já se manifestaram contra a medida, exigindo a revogação imediata da decisão. Enquanto isso, os animais de Angola pagarão com suas vidas o descaso de um governo que escolheu o retrocesso em vez da evolução.