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TRÁFICO

Anfíbios ameaçados de extinção são resgatados em feira no ABC paulista

Espécie de salamandra está "criticamente ameaçada" de extinção por causa do tráfico de fauna.

14 de novembro de 2024
Dimas Marques
2 min. de leitura
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Axolotes estavam em sacos plásticos expostos para venda – Fonte: PM Ambiental SP

Treze axolotes albinos (Ambystoma mexicanum) foram apreendidos na tarde ontem sendo vendidos no Ceasa do Grande ABC, mercado administrado pela prefeitura de Santo André na avenida dos Estados, 2.195, Parque Santa Terezinha. Os animais pertencem a uma espécie de anfíbio de origem mexicana que está ameaçada de extinção. A ação da PM Ambiental foi motivada por uma denúncia.

De acordo com a Polícia Militar, a denúncia informava que animais ameaçados de extinção estariam sendo vendidos no mercado de peixes ornamentais do Ceasa, que funciona todas às quartas-feiras no período da tarde. Uma equipe foi enviada ao local e realizou a vistoria de várias bancas.

Com uma comerciante, os policiais encontraram os axolotes. Os animais estavam embalados individualmente em sacos plásticos com água. Cada um seria vendido por R$ 200 (na compra de dois, o valor era de R$ 300).

De acordo com a PM Ambiental, a comerciante relatou ter recebido os animais ontem de um homem chamado Wagner, conhecido frequentador da feira. Ela foi multada em R$ 67 mil por “por introduzir espécimes exóticos no território do estado de São Paulo, sem autorização do órgão competente”. O caso seria informado para a Polícia Civil por meio de ofício, para que fosse registrado e investigado. Os axolotes foram levados parar o Aquário de São Paulo, no Ipiranga.

Anfíbio ameaçado

O axolote Ambystoma mexicanum é uma espécie de salamandra que, na natureza, existe somente na região da Cidade do México. Por manter características físicas juvenis durante toda a vida (neotenia), como manter as guelras e o hábito completamente aquático, esse anfíbio passou a ser capturado para ser criado como animal doméstico.

O tráfico do animal praticamente dizimou a espécie na natureza. Ele está classificado como “criticamente ameaçado” de extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) e faz parte da lista de espécies com comércio controlado da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies Silvestres Ameaçadas de Extinção (Cites).

Fonte: Fauna News

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