A ANDA completa hoje, 28 de novembro, 16 anos de um trabalho pioneiro, extremamente profissional e corajoso na defesa dos direitos animais e do planeta. A ONG amadureceu e nos últimos anos fincou importantes marcos tanto na imprensa, com um jornalismo animalista de vanguarda, como no cenário cultural, jurídico e educativo.
Atualmente, graças à ANDA, veículos jornalísticos estão mais atentos e conscientes em relação à causa animal. Empresas privadas e órgãos governamentais desenvolvem políticas de apoio aos animais e os tribunais brasileiros, em todas as estâncias, reconhecem cada dia mais os direitos e a senciência animal. A atuação jurídica da ONG é destaque no Brasil, com dezenas de ações civis públicas em defesa de todas as espécies, inclusive na libertação de animais aprisionados em zoológicos.
A ANDA foi fundada em 2008 pela jornalista vegana Silvana Andrade, que, além de ser a presidente, sempre lutou por parcerias e apoios para que a estrutura da ONG fosse firmada em bases de grande credibilidade, transparência e ética. Ela investe seu tempo para compor uma organização cujo objetivo é verdadeiramente informar e atuar para transformar, fazer do planeta um lugar mais pacífico e justo para todos. O trabalho incansável da ativista lhe rendeu prêmio nacionais e internacionais.”A ANDA propõe uma linha editorial clara, nunca disfarçada de imparcial. Atuamos em favor dos direitos daqueles que não podem falar, com um ponto de vista abolicionista, que defende a libertação animal e o fim de qualquer arrogância humana de propriedade sobre os animais não humanos. É um trabalho corajoso e absolutamente profissional”, pontua.
A ANDA também conta com o apoio de educadores renomados, advogados brilhantes, cientistas com grandes destaques em suas áreas de pesquisa e importantes ativistas que atuam no Brasil e no mundo. O trabalho da ONG tem reconhecimento internacional.
Mídia, projetos e atuações
A ANDA tem o compromisso de dar voz aos animais e faz isso, com determinação e profissionalismo, ao investir, por exemplo, na apuração de reportagens exclusivas e de grande dimensão nacional e internacional, como o caso de Dalva Lina, considerada a maior serial killer de cães e gatos da história. Estima-se que ela tenha matado cerca de 30 mil animais em 10 anos. A ONG, através de correspondentes internacionais e tradutores de ponta, também fez importantes coberturas internacionais, como a situação dos animais nas Guerras da Ucrânia e Israel, sendo o único portal do país a dar foco exclusivo a essas vítimas silenciosas.
Este ano, a ANDA noticiou de maneira expressiva grande desastres, como a situação dos animais nas enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul, uma série de incêndios em todas as regiões do país que devastaram biomas e causaram a morte de milhões de animais, inclusive espécies ameaçadas e tragédias internacionais, como as passagens dos furacões Milton e Helene e enchentes na Espanha e Portugal.
A atuação da ONG é de interesse global. Por isso, nos últimos 16 anos, a redação da ANDA focou em divulgar denúncias de crueldade contra animais em todo o mundo, o que inclui a exploração e morte de animais em zoos e aquários, abuso animal no turismo, tráfico, a crueldade da experimentação animal, a importância da adoção e da guarda responsável, bem como o trabalho impecável de ONGs e santuários em todo o planeta, a conexão entre a natureza e a proteção e respeito por todos os animais não humanos, entre outros.
Desde 2008, a ANDA vem desenvolvendo dezenas de projetos, como o programa de reflorestamento Dedo Verde, em parceria com o ativista Haroldo Botta, tem contribuído para a elaboração de diversos projetos de lei voltados para a promoção da defesa dos animais, da natureza e de uma filosofia de vida mais compassiva nos grandes centros urbanos e nas periferias. A ONG encabeçou também diversas petições de alcance mundial e obteve muitas vitórias, como liminares que garantiram a cães e gatos o direito de viajar com os seus tutores nas cabines dos aviões. Cada conquista pelos animais deu mais fôlego à ANDA, que ainda planeja muitas ações, no Brasil e no mundo.
A ONG sugeriu e defendeu propostas nos parlamentos, como a criação de farmácias populares, laboratórios e hospitais veterinários públicos, a instalação de delegacias especializadas no combate a crimes contra animais, a implementação de secretarias de defesa dos direitos animais em todo o país, programas para a oferta de refeições veganas a preços populares e a criação de um banco de ração para animais em situação de vulnerabilidade. Além disso, a ANDA desenvolveu o projeto ANDA Kids, para expandir a conscientização sobre os direitos animais para crianças e também busca recursos e parcerias para a construção de uma biblioteca animalista comunitária.
Arte, educação e cultura
A ANDA acredita que a transformação dos indivíduos se dá a partir do acesso ao conhecimento e da sensibilização. Por isso, investe da produção de conteúdo educativo, o que inclui os três livros Educação Vegana (2013), Somos Todos Animais (2015) e Visão Abolicionista, Ética e Direitos Animais (2011) e centenas de artigos que hoje estão presentes em livros didáticos de Ensino Fundamental e Médio de todo o país. Além disso, a ONG promoveu eventos musicais como “Música e consciência: libertação animal” e “Animais em Concerto”. Há, ainda, a digital da ANDA em exposições como “Informar para Transformar” e “Passarinho na gaiola não canta, lamenta” e em conferências como a “Presente e Futuro dos Direitos Animais”, que reuniu promotores e procuradores públicos, juízes federais e estaduais, advogados e professores da área do Direito dos Animais de 11 estados brasileiros.
Ameaças e ataques não conseguiram parar a ANDA
Nos últimos anos, a ANDA sobreviveu a seis graves ataques de hackers que comprometeram totalmente a estrutura do site, que precisou reconstruído pelo menos quatro vezes, e que causou a perda de grande parte do conteúdo próprio e histórico. O estopim dessas ações criminosas ocorreu em julho de 2018, após a ANDA publicar uma série de matérias denunciando a política contra os animais e o meio ambiente do então candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL) e também sobre, caso eleito, a liberação massiva de novos agrotóxicos no Brasil. Desde então os ataques se tornaram frequentes e mais agressivos. Contas nas redes sociais da ONG foram invadidas e bloqueadas. Além disso, diversos haters usaram perfis fakes para ameaçar membros da equipe e compartilhar fake news sobre a atuação da ANDA. Felizmente, graças a parceiros, apoiadores, associados e leitores, ANDA continua trabalhando sete dias por semana e mais de 16 horas por dia.
Advocacy: uma missão abraçada pela ONG corajosamente
A atuação da ANDA nunca se resumiu à produção de conteúdo, a ONG investe em jornalismo de ação, no qual, além de noticiar os fatos, cobra e luta por resultados. Com ações judiciais, a ANDA conseguiu grandes, importantes e pioneiras vitórias para os animais, confira algumas abaixo:
Santuários Ecológicos em Pernambuco
A ANDA, em parceria com a Associação Nacional de Advogados Animalistas (ANAA), impetrou um agravo de instrumento para impedir o leilão de blocos marítimos na região de Fernando de Noronha e do Atol das Rocas para a extração de petróleo e gás natural. Além do grande impacto ambiental, o leilão ameaçava cerca de 90 espécies de animais, incluindo a baleia-azul. Após uma grande manifestação realizada pelas organizações com protestos e campanhas nas redes sociais, o leilão fracassou e dos 92 blocos marítimos ofertados, apenas cinco foram arrematados. Todas as áreas de santuários ecológicos foram preservadas.
Chimpanzé Black
A ANDA, em parceria com a Associação Sempre Pelos Animais de São Roque, conseguiu judicialmente a libertação do chimpanzé Black, aprisionado há cerca de 50 anos no Zoológico Quinzinho de Barros, em Sorocaba (SP). Ele viveu seus últimos dias no Santuário dos Grandes Primatas, também em Sorocaba. Black faleceu em fevereiro de 2021, cercado de amor, cuidado e no convívio de outros animais da mesma espécie.
Elefanta Bambi
A ANDA desempenhou o papel de “amicus curiae” no processo de libertação da elefanta Bambi, aprisionada no Zoológico de Ribeirão Preto (SP) – isso é, a ONG foi a responsável por fornecer informações aos tribunais para que os magistrados tivessem base para tomar suas decisões e ajudou a libertá-la e enviá-la para o Santuário de Elefantes Brasil, na Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, o maior do tipo na América Latina.
Berçário de baleias-francas
A ANDA, junto a outras organizações em defesa dos animais e da natureza, conseguiu proibir o turismo de observação de baleias e ampliou a proteção do berçário de baleias-francas de Santa Catarina, que era frequentemente perturbada por embarcações, que interferiam na reprodução da espécie, além de causar estresse e desequilíbrio no habitat dos animais.
Rodeio em Jacareí (SP)
A ANDA conseguiu impedir a realização de três dias de rodeios em uma festa em Jacareí, no interior de São Paulo. Graças à iniciativa da ONG, os organizadores do evento foram forçados a adotar novas atividades de entretenimento livres de crueldade contra animais. Esse processo foi simbólico e demonstrou todos os maus-tratos intrínsecos à prática, o que serviu de precedente para ações impetradas por outras organizações em defesa dos animais.
Pantanal
A ANDA protocolou uma Ação Civil Pública no Supremo Tribunal Federal (STF) para contestar a negligência do Poder Público frente às queimadas que destruíram 30% de todo o bioma em 2020 e ocasionou a morte de milhares de animais silvestres, um dano incalculável e devastador para todo o planeta.
Combate aos Incêndios
Ainda em 2020, uma Ação Cautelar movida pela ANDA, solicitava que o Governo Federal enviasse aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) com água para ajudar a combater as queimadas no Pantanal e salvar a vida de milhares de animais e preservar o ecossistema.
Porto de Santos (SP)
De modo pioneiro, uma Ação Civil Pública da ANDA pediu a suspensão do transporte de animais vivos no Porto de Santos, litoral Sul de São Paulo. Esse processo ajudou a chamar a atenção de todo o país para a crueldade, egoísmo e sofrimento que envolve a exportação de animais, que serão explorados e mortos para consumo em outros países.
Porto de São Sebastião (SP)
Em seguida, uma nova Ação Civil Pública movida pela ANDA também pediu a suspensão do embarque de bois vivos em um navio atracado no porto de São Sebastião, no litoral Norte de SP, com destino ao Oriente Médio. Na ocasião, ativistas entraram a bordo e registram cenas de extremos maus-tratos nas quais animais tinham que suportar um calor escaldante em meio a fezes e pouco espaço.
Orangotango Sansão
Uma Ação Civil Pública da ANDA pede a libertação do orangotango Sansão, aprisionado desde 2007 no Zoológico de São Paulo, e a transferência dele para o Instituto Anami, no Paraná, onde ele pode desfrutar de um imenso e tranquilo espaço ao lado da orangotango fêmea Kata.
Leilão de Animais
Uma Ação no Judiciário movida pela ANDA impediu o leilão de bois que ocorreria em uma praça pública na cidade de São Carlos, interior de São Paulo. Esse processo questionou o bem-estar dos animais e criticou a objetificação deles, que estavam sendo ofertados como bens e não como seres sencientes.
Fim das charretes em Ubatuba (SP)
Uma Ação Civil Pública impetrada pela ANDA conseguiu o fim da exploração de jegues em charretes que transportam turistas na orla de Ubatuba, em São Paulo. O caso teve grande repercussão e fomentou críticas sobre o trato dos animais escravizados com o objetivo de dar lucro aos seus algozes.
Proibição da tração animal em Paraty (RJ)
Uma Ação Civil Pública Ambiental movida pela ANDA proibiu a exploração de animais em veículos de tração, como carroças e charretes, além do resgate dos animais que estiverem sem vacinas e exames essenciais para seu bem-estar e proteção.
Desmatamento
Uma Ação Civil Pública perpetrada pela ANDA pediu a nulidade do decreto do governador de SP, João Doria, que permitiu o desmate de 10 mil m² de vegetação da área onde está situada a Associação Mata Ciliar para a implantação de uma canalização em um córrego.
Cavalgadas em Ubatuba (SP)
A ANDA pede em uma Ação Civil Pública a proibição definitiva de cavalgadas em Ubatuba (SP) para combater a exploração e os maus-tratos aos animais forçados a participar desses eventos, que, travestido de fins religiosos, causa sofrimento intenso a esses seres indefesos.
Caso Bioparque e girafas em Maragatiba (RJ)
A ANDA, em parceria com o Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal (FNPDA) e o gabinete do deputado federal David Miranda (PDT), ingressou com um pedido de habeas corpus para a libertação das 15 girafas que estão confinadas, desde de novembro de 2021, no Hotel Resort Portobello, em Mangaratiba, no Rio de Janeiro. Os animais, originalmente 18, foram traficados da África e seriam destinados ao Zoo Bioparque, no Rio de Janeiro, ao Hotel Portobello Safári, em Mangaratiba (SC) e ao zoo de Pomerode, também em Santa Catarina. Presas na Costa Verde do RJ há mais de dois ano, três girafas morrem no dia 14 de dezembro de 2021 após tentarem fugir em busca de liberdade, durante uma operação desastrada de recaptura e reaprisionamento, os animais selvagens não sobreviveram ao estresse. Uma quarta girafa morreu ano passado nas instalações do Bioparque.
É só o começo
Os últimos 16 anos foram incríveis. Profissionais maravilhosos passaram pela redação da ANDA, que teve a oportunidade de dar voz a animais em todo o planeta. A ONG ainda tem muitos projetos e conta com a sua ajuda para colocá-los em prática. Saiba como fazer parte da história da ANDA clicando aqui.