A produtora Nina Mandim, 26, diz que o amor que sentia pelo noivo desapareceu instantaneamente após o flagrar agredindo, com câmeras escondidas, suas cadelas no último domingo, 8, em sua própria casa, na Barra da Tijuca, zona Oeste do Rio de Janeiro.

As cenas foram postadas na internet e causaram a revolta de usuários de redes sociais. Desde o último fim de semana, o vídeo que mostra o empresário Rafael Hermida Fonseca, 34, agredindo covardemente as cadelas Victória e Gucci, teve quase 300 mil acessos. Nas imagens, ele dá cabeçadas em Victória e e arremessa Gucci contra o chão.

Nina conta que Rafael sempre foi muito carinhoso e atencioso com ela, a família e os animais. Ela começou a desconfiar das agressões após notar uma mudança de comportamento das cadelas na presença do noivo e o aparecimento de ferimentos.

“Elas tinham muito medo dele. Logo depois que apareceram os ferimentos e o veterinário não soube explicar a origem. Decidi instalar as câmeras”, conta.

De casamento marcado para junho, ela afirma que a dor das agressões é muito maior do que o rompimento com o noivo. “Não estou pensando no casamento. Minha dor é ver o que elas passaram”, desabafa.

Advogado e sócio de um bar na Barra, Rafael morava com Nina e sua mãe há apenas quatro meses. O casal se conheceu há cerca de um ano.

“Fica o alerta, porque a gente acha que conhece as pessoas, mas não conhece”, diz.

O caso foi registrado na polícia, que intimou a Rafael a depor nesta terça (10). Ele é acusado de maus-tratos contra animais.

O presidente na Comissão e Proteção e Defesa dos animais da OAB -RJ, Reynaldo Velloso , afirma que pretende propor que o Ministério Público do Rio entre com uma ação contra dano moral coletivo contra o empresário.

“Temos que acabar com esses maus-tratos. Por isso, temos de entrar com uma ação contra o agressor, porque a sociedade é o sujeito passivo desses crimes e as redes sociais provam isso”, afirma o advogado.

Fonte: Folha de São Paulo

Nota da Redação:  É inconcebível que casos de crueldade e violência explicita como o citado acima ocorram sem que possamos ter um respaldo das leis para que a justiça seja cumprida. O agressor deve ser punido rigorosamente para que a impunidade não estimule mais covardes a cometerem crimes como este. É necessário que as autoridades encarem este caso com seriedade e que no Brasil seja feita justiça como foi feita em Vancouver, onde o agressor de um cão teve que prestar 1.000 horas de serviço comunitário para uma organização protetora de animais, além de doar pessoalmente 100 mil dólares para criar a sede de uma ONG que cuida de animais, a Foundation.