Nem precisar falar nada, é só agachar para começar a festa. Nesta chácara, são 19 cachorros machos e fêmeas, grandes, médios e pequenos. Mas se engana quem pensa que a conta fecha assim. Desde que André começou a salvar os animais, há três anos, essa família só cresceu. “Eu comecei logo depois que meu pai faleceu e eu sempre gostei muito de animais, a minha irmã também. A gente começou a pegar um na rua, pega um, pega outro. Até chegar nesse número de 35 cachorros”, contou André Reis.
A Pretinha foi a primeira a chegar, e foi encontrada em uma lata de lixo. Já a Gabi precisou arrancar todos os dentes quando foi salva, por causa de uma infecção. E é sempre assim, o André traz para esse grande lar, animais doentes, que sofreram algum tipo acidente ou maus tratos. “Eu só pego o animal que está doente ou machucado. O cachorro que está sadio na rua eu não pego. Só quando o animal está debilitado ou em estado de risco”, explicou o criador.
Para manter essa matilha, o protetor conta com a ajuda de veterinários e pessoas interessadas em dar assistência. Na casa já não cabe mais nenhum cachorro, o que não impede André de socorrer os que estão pelo caminho. E de abrir as portas para quem quer adotar um dos animais.
Uma ação prazerosa de muito cuidado e que exige um pouco de garganta e memória. Por aqui todo mundo tem nome e o André lembra todos até na hora de chamar a atenção.

Fonte: UIPI