Um lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) foi avistado, na noite desta segunda-feira (2), andando por uma rua do Parque Cedral, em Presidente Prudente (SP).
Conforme o capitão da Polícia Militar Ambiental, Júlio César Cacciari de Moura, o animal foi flagrado por câmeras de segurança caminhando pelo bairro por volta das 20h. Ele ainda destacou que o lobo-guará é muito característico do Oeste Paulista e tem hábitos solitários.
Cacciari destacou ainda que o animal não é habituado ao contato humano, por isso, as pessoas não devem tentar acuar ou capturá-lo. O lobo-guará costuma aparecer nas cidades em busca de alimento e presas.
Espécie ameaçada em extinção
O lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) é o maior canídeo da América do Sul. Um animal adulto chega a medir 1,30 metro de corpo, além de 40 centímetros de cauda, podendo atingir um metro de altura e mais de 20 quilos. É da família dos canídeos e pertence a um gênero composto por uma única espécie.
Seus parentes distantes do gênero Canis, como o lobo-cinzento e lobo-vermelho, só existem nas Américas, do México para o Norte, partes da Europa e da Ásia.
Apesar do porte e da aparência, é animal inofensivo ao homem, de comportamento dócil, e raramente há briga entre eles. O nosso lobo ‘bom’ vive em campos abertos, no caso do Brasil no Cerrado, Campos Sulinos, na Caatinga e na borda do Pantanal. Também pode ser encontrado na Argentina, Paraguai, Bolívia e numa pequena parte dos territórios do Uruguai e Peru.
O lobo-guará é onívoro, alimenta-se principalmente de roedores, pequenos répteis, caules doces, mel, aves e frutos. A gestação deste animal dura em torno de 62 a 66 dias, com ninhadas de até seis filhotes.
A espécie é considerada vulnerável e está ameaçada de extinção.
No passado, acreditava-se que a diminuição da população do lobo-guará no Brasil era decorrente da perda de habitat. Mas em 2005 o resultado de um encontro de pesquisadores revelou que o preconceito, desconhecimento e superstição superam a ameaça da diminuição do território.
O lobo-guará ainda é caçado para a retirada dos olhos como amuleto e por donos de propriedades rurais, com o argumento de evitar o ataque a aves e pequenos animais.
Fonte: G1