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MATO GROSSO

Ameaçadas de extinção, onças-pintadas são monitoradas com chips no Pantanal

As rotas do percurso das onças-pintadas também são monitoradas por câmeras de segurança instaladas nas árvores. 40 câmeras foram espalhadas pela mata e cerca de 60 novos dispositivos serão colocados. O objetivo é tomar medidas para conservação da espécie. Além disso, o primeiro felino que ganhou o colar com chip foi um macho de 103 kg

26 de março de 2022
Felipe Cunha | Redação ANDA
2 min. de leitura
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Onças-pintadas enfrentaram um incêndio de proporções gigantes | Foto Ernane Junior

Pesquisadores estão trabalhando para monitorar onças-pintadas do Pantanal. Além dos chips, câmeras de segurança foram instaladas nas árvores da mata para captar a rotina dos grandes felinos. O trabalho é realizado em uma reserva de 108 mil hectares no município de Barão de Melgaço, no Mato Grosso.

Segundo a gerente de Pesquisa do Sesc Pantanal, Cristina Cuiabália Neves, o bem-estar dos animais é a primeira preocupação. “A principal sensação é a confiança, porque é um método seguro que causa nenhum dano ao animal, que não causa dor”. O primeiro felino que recebeu o colar com o chip de monitoramento foi um macho de 103 kg.

A ideia e o método da pesquisa visa a identificação do número de onças existentes na região, além de captar informações como o movimento dos animais de maneira mais detalhada, o comportamento, as tomadas de decisões e a permanência nos locais.

Os pesquisadores afirmam que os dados coletados contribuem para monitorar a conservação da espécie ameaçada de extinção, tendo através das câmeras e dos chips informações sobre o comportamento, percurso e interação com a natureza.

A onça vai ser monitorada a partir de uma coleira com chip | Foto Reprodução/Sesc Pantanal

Segundo informações do portal G1 – Mato Grosso, foram montadas nove armadilhas próximas ao acampamento dos pesquisadores. O ambiente é preparado com sons e cheiros para atrair os felinos nos locais adequados, além de um planejamento para evitar traumas e ferimentos aos animais.

Segundo Antônio Carlos Csermak, pesquisador do Instituto Reprocon, com o monitoramento, também é possível verificar o estado de saúde de cada animal. “Toda a parte de doenças a gente pode identificar, seja por bactérias, fungo ou vírus, com a coleta de material. A parte de genética é muito importante para nós porque esses animais estão em alguns locais isolados e o cruzamento entre animais aparentados é uma das causas de extinção”, contou.

Mais cinco onças farão parte dessa pesquisa e também relevarão informações sobre cadeia alimentar. No topo da cadeia, elas fornecerão informações importantes para entender o nível de conservação da flora e fauna da região. Os pesquisadores também querem instalar mais 60 câmeras pela reserva.

Segundo a bióloga Gabriela Schuck de Oliveira, existem presas variadas na área, desde jacaré e cervo do Pantanal. “Tem diversos animais que são recorrentes na imagem fotográfica e do animal, do porte e força que ela tem. Ela pode escolher a vontade o que ela vai consumir. Acaba diminuindo muito mais as chances dela sair desse local e buscar algum tipo de conflito”, afirmou.

 

 

 

 

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