Em declarações à agência Lusa, Paulo Gomes, do Grupo Flamingo – Associação de Defesa do Ambiente, explicou que em causa está uma “zona de interesse ornitológico e de excepcional valor natural, que ultrapassa o âmbito do concelho”.
A zona onde os ambientalistas pretendem realizar o seu projeto, uma faixa de terra com quase 10 Km, “é referência como sítio para a observação de aves no roteiro editado pela Sociedade Portuguesa para o Estudo de Aves (SPEA)”. E está “incluída nas visitas que o programa Ciência Viva, do Ministério da Ciência, organiza para a observação de aves e flora”.
No documento descritivo do projeto, disponível no sítio do Grupo Flamingo na Internet, afirma-se que “no Inverno passam pelo sapal cerca de 10 mil indivíduos de várias espécies” e que “para as aves migratórias, sobretudo as limícolas, este é um local para a recuperação de forças depois das longas viagens”.
O projeto prevê a construção de estruturas de observação, informação e lazer com materiais que se integrem na vegetação. Paulo Gomes afirmou ainda que “o financiamento já está assegurado quase na totalidade” e que estão apenas pendentes “questões burocráticas”.
O gabinete de comunicação da Câmara do Seixal afirmou que a autarquia “desconhece a proposta do Grupo Flamingo”, mas está disponível para apreciá-la, embora tenha um projeto semelhante para a zona.
Fonte: Ecosfera