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Defensores de animais acusam governo indonésio de enviar orangotangos para o “campo da morte”

18 de fevereiro de 2011
2 min. de leitura
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(Foto: COP)

Mais de mil orangotangos que vivem em cativeiro, e que têm sido preparados para serem libertados no seu habitat natural, estão sendo transportados pelas autoridades indonésias para zonas onde existe exploração ilegal de madeiras e caça denunciam, esta quinta-feira, vários defensores de animais. De acordo com o Bangkok Post, a Indonésia tem uma área de reserva de 86.450 hectares na floresta de Muara Wahau, na província de Kalimantan oriental, para manter 1.200 primatas em cativeiro nos próximos quatro anos.

Mas o Centro para a Proteção de Orangotangos (COP, sigla em inglês) adverte que estes mamíferos estão, na verdade, sendo encaminhados para verdadeiros campos de morte, caso o governo não consiga impedir a caça furtiva e a desflorestação que ali se pratica em grande escala. Hardi Baktiantoro, diretor do COP, refere que as populações são as maiores responsáveis pela destruição da flora e fauna locais.

Nos últimos três meses de 2010, o COP salvou quatro orangotangos que os habitantes tinham capturado e tentavam vender a 207 euros cada. “O ministro da Floresta deve dar ordens à polícia florestal para que proteja os orangotangos que vivem em liberdade da caça ilegal e proteja o seu habitat”, exige Hardi Baktiantoro. O governante já respondeu que este caso será investigado. “Se o que o COP diz é verdade, iremos encontrar num novo local para os orangotangos”, assegurou.

Os peritos dizem que existem entre 50 mil a 60 mil destes mamíferos a viverem em liberdade, 80% dos quais na Indonésia e o resto na Malásia. Trata-se de uma espécie em risco de extinção, devido à caça furtiva e à destruição do seu habitat natural.

Fonte: Os Bichos

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