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ESPERANÇA

Ambientalista luta para transferir macaco nascido em zoológico para santuário

Confinado em um espaço reduzido, o macaco pode acabar sendo morto por outros animais devido ao estresse

8 de julho de 2021
Mariana Dandara | Redação ANDA
4 min. de leitura
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Foto: Reprodução/Instagram

Um filhote de macaco que nasceu no Parque Zoobotânico de Teresina pode ser transferido para um santuário. Vivendo em condições precárias, o animal silvestre tem sua transferência defendida pelo ambientalista Dionísio Carvalho.

Da espécie macaco-barrigudo, o filhote nasceu na última segunda-feira (5) e tem vivido preso em um recinto pequeno. A falta de espaço, segundo o ambientalista, representa um perigo para a sobrevivência do animal, que pode ser morto pelos outros em uma reação ao estresse imposto pelas condições vividas pelos animais.

“Nós vamos solicitar a transferência desses animais para santuários, da mesma forma que fizemos com a Ursa Marsha”, pontuou o ambientalista em entrevista ao portal O Dia. Marsha sofria com o calor no zoobotânico e, por isso, foi transferida para o Rancho dos Gnomos. Meses após ter sua vida transformada, a ursa morreu em decorrência de um tumor.

No caso do filhote de macaco-barrigudo, seu destino final seria um santuário afiliado ao Great Ape Project (GAP), iniciativa que defende o direito dos primatas de viver em liberdade e que atua para dar uma vida digna a animais resgatados de locais como circos e zoológicos. Nos santuários, os macacos têm à disposição recintos enormes, com espaço adequado e enriquecimento ambiental. Eles também são acompanhados por especialistas que tratam seus problemas físicos e psicológicos, ajudando-os a formar grupos sociais e a viver de maneira feliz e saudável.

Todas essas oportunidades, porém, não são oferecidas pelos zoológicos. No caso do Zoobotânico de Teresina, o que se tem, segundo Carvalho, são animais estressados por viverem em um local inadequado.  “Não tem espaço para os animais que vivem lá, eles estão estressados. Alguns animais estão sozinhos, como a leoa, depois que o leão morreu”, lamentou.

O objetivo do ambientalista é transformar a vida não só do macaco nascido recentemente no zoológico, mas de todos os outros animais que vivem em condições precárias no local. Para isso, Carvalho luta para garantir a transferência desses animais para santuários espalhados pelo Brasil.

“Nossa intenção é que esses animais que estão solitários sejam levados para santuários pelo Brasil. Nós vamos procurar a Federação Brasileira de Proteção Animal”, concluiu.

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