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DESTRUIÇÃO

Amazônia registra o maior desmatamento em 10 anos no mês de setembro

Floresta perdeu por dia o equivalente a mais de 4 mil campos de futebol

21 de outubro de 2021
Beatriz Silva | Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Ilustração/Pixabay

Em setembro, o desmatamento da Amazônia foi o maior registrado nos últimos dez anos, segundo o Imazon, Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia. O tamanho da devastação chegou a 1.224 km², equivalente a área da cidade do Rio de Janeiro, e a destruição de mais de 4 mil campos de futebol por dia.

Em 2020, no mesmo mês, já haviam sido devastados 1218 km², o que já foi considerado um recorde de desmatamento na Amazônia para setembro. Entre as áreas campeãs de desmatamento estão as áreas privadas ou que que estão em alguma fase de posse, e que representam 59% do total. Logo atrás estão o desmatamento em assentamentos (29%) e unidades de conservação (10%), enquanto em Terras Indígenas foram registrados somente 2% do desmatamento todo, durante mesmo período.

Segundo o portal G1, os dados levantados pelo Imazon estão de encontro com outro levantamento, feito pela MapBiomas, e que mostra que as áreas mais preservadas no Brasil nos últimos 35 anos, fazem parte dos Territórios Indígenas.

De janeiro a setembro deste ano, o tamanho de área desmatada chegou a 8.939 km², representando um aumento de 39% comparado com o mesmo período do ano de 2020, sendo considerado o pior índice em 10 anos. Se comparado com 2019, o número sobe para 53%, e piora ainda mais quando comparado com o ano de 2018, sendo 3 vezes maior.

O maior desmatamento da década foi registrado durante o período de agosto do ano passado, a julho deste ano, segundo o último “calendário do desmatamento”. A Amazônia Legal perdeu 10.476 km², área equivalente a nove vezes o tamanho da cidade do Rio de Janeiro.

Aréa desmatada usada para pasto, no Amazonas. | Foto: Bruno Kelly/Reuters

Na liderança dos estados que mais desmatam na Amazônia, está o Pará, representando 39% da destruição ocorrida no mês de Setembro. Das 10 terras indígenas que foram mais afetadas em setembro, 6 estão no Pará, além das 5 unidades de conservação mais destruídas. Segundo Antônio Fonseca, pesquisador do Imazon, os municípios de Portel, Pacajá, São Félix do Xingu e Itaituba representaram 35% da destruição da Amazônia dentro do estado do Pará.

Um alerta foi feito pela Imazon, por conta de uma nova fronteira do desmatamento da Amazônia, que fica na divisa dos estados do Amazonas, Rondônia e Acre. A pesquisadora Larissa Amorim, também do Imazon, diz que esta nova fronteira pode ter relação com a localização de um polo agropecuário nesta área.

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