Por Raquel Soldera (da Redação)
O aquecimento global está contribuindo para a degradação de cerca de 50 áreas do Triângulo de Coral, a versão marinha da Amazônia, situada no Sudeste Asiático.
Segundo informações publicadas no site EFE Verde, este desastre ecológico coloca em evidência os governos da região, que no ano passado se comprometeram a preservar o ecossistema desses recifes, que abrigam 76% de todas as espécies de coral do mundo.
“Esta degradação generalizada afeta diretamente a saúde dos nossos oceanos e sua capacidade de manter as espécies e os recursos marinhos”, disse em um comunicado Richard Leck, responsável pelo grupo ecologista WWF.
Desde março, cerca de 50 organizações e testemunhas observam como se estende a mancha branca nos recifes do Triângulo de Coral, a cor que adquirem estes animais ao morrer.
As autoridades da Malásia foram forçadas a adiar até outubro as atividades de mergulho na ilha turística de Tioman e Redang, para que os corais tenham tempo de se regenerar.
A degradação também se estende na reserva natural de Palawan, nas Filipinas, e nas regiões de Sabang, Aceh, Padang, Bali e Jacarta, entre outras, localizadas na Indonésia.
A WWF ressaltou a necessidade de frear o aquecimento global causado pelos gases de efeito estufa e para encontrar meios de financiamento para garantir a proteção dos corais.
A degradação de corais ocorre quando as algas morrem por causa do aumento da temperatura da água, o que provoca a morte dos corais.
O Triângulo de Coral hospeda a maior biodiversidade marinha do mundo, em uma área de seis milhões de quilômetros quadrados, cobrindo a Indonésia, Malásia, Papua Nova Guiné, Filipinas, Ilhas Salomão e Timor Leste.
Segundo a WWF, a área conhecida como “Amazônia Marinha” vai desaparecer neste século se não forem tomadas medidas para impedir sua degradação.