O Amazonas tem o pior setembro de queimadas dos últimos 24 anos. O dado é do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e leva em consideração o monitoramento feito desde 1998, quando o órgão começou a série histórica.
Em números exatos, até a quinta-feira (15), o estado contabilizava 5.403 focos de calor, número que, inclusive, pode duplicar se o ritmo de queimadas continuar acelerado como atualmente, segundo o Inpe.
O recorde era, até então, 2015. Naquele ano, o Amazonas registrou 5.004 queimadas. Nos últimos anos, esse número variou entre 2 a 4 mil focos de calor durante o mês.
O mês de agosto lidera o ranking de meses com os maiores focos de queimada registrados pelo Inpe no Amazonas, em 2022. Foram 8.116 focos de calor, número que corresponde mais da metade do consolidado do ano no estado, que é, atualmente, de 15.315.
O município de Lábrea, no Sul do Amazonas, está em terceiro no consolidado do ano das cidades que mais tem queimadas. São 3,392, de 1º de janeiro até 15 de setembro.
Ainda na rota do fogo estão Apuí, na sexta colocação, com 2,884 focos de calor; e Novo Aripuanã, na 10ª colocação com 1.708 incêndios. Os dois municípios também estão localizados no Sul do estado.
Amazônia tem pior agosto de queimadas dos últimos 12 anos
A Amazônia vem de um agosto difícil. O bioma registrou 33.116 focos de queimadas durante o mês, o maior número para o mês desde 2010, quando 45.018 focos foram registrados.
Este é o quarto ano consecutivo da gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL) que o número fica acima da marca de 28 mil.
O índice também está acima da média histórica para o mês, que está em 26 mil (o cálculo do Inpe não considera os valores do ano corrente).
Fonte: G1