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Alunos do interior aprendem sobre Riqueza de Mamirauá e Amanã no Amazonas

29 de maio de 2009
3 min. de leitura
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Alunos do interior do Amazonas conhecerão as Pesquisas do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM), mostrando a importância da conservação de Mamiráuá e Amanã,duas unidades de conservação reconhecidas internacionalmente pela riqueza de sua biodiversidade.

Maior bloco de reservas protegidas do mundo

As duas reservas, juntas com o Parque Nacional do Jaú, formam o maior bloco de floresta tropical protegida do mundo e serão apresentadas para estudantes de níveis fundamental e médio do interior do Amazonas durante a Semana do Meio Ambiente.

O evento será realizado pelo IDSM, cogestor das Reservas em parceria como governo do Estado do Amazonas, em homenagem ao Dia do Meio Ambiente e da Ecologia, comemorado em 5 de junho.

Município de Tefé, Amazonas

Palestras

A programação começa na próxima segunda-feira, dia 1º de junho, com palestras em Tefé, cidade próxima à Reserva Mamirauá e onde se localizada a sede do Instituto.

Serão realizadas, até o dia 4 de junho, 37 palestras em 18 escolas das redes municipal e estadual de ensino e na Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), além de uma exposição sobre as atividades de programas de pesquisa do IDSM na Praça Santa Tereza, no centro da cidade, no dia 3 de junho.

Jacaré-açu e Peixe-boi

Entre os temas das palestras e da exposição, estão, por exemplo, as pesquisas com os jacarés-açus (Melanosuchus niger) – em Mamirauá, estão as maiores populações desse animal – e com o peixe-boi-da-amazônia (Trichechus inunguis), o único que vive em água doce e encontrado na Reserva Amanã. Ele é classificado como vulnerável na lista vermelha das espécies ameaçadas de extinção da UICN (União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais).

Em Fonte Boa, município localizado dentro da Reserva Mamirauá, o Dia do Meio Ambiente e Ecologia será comemorado com a realização de uma gincana envolvendo cerca de 400 alunos de seis escolas. Representados por grupos, os estudantes participarão de provas como as de perguntas e respostas, redação e dança. Também nessa cidade, de 1 a 4 de junho, serão realizadas palestras por pesquisadores do IDSM e uma exposição com a participação de estudantes de 10 escolas, cujo tema é “Que presente temos no futuro?”.

Reservas de Mamirauá e Amanã

Sobre as Reservas:

Mamirauá, com 1,12 milhão de hectares, é a maior área protegida de várzea (floresta alagada) do mundo, com um rico ecossistema onde vivem cerca de 35 espécies de mamíferos, 360 de aves (entre elas, 19 de papagaios e araras e seis de tucanos, ciganas e mutuns), 79 de répteis e mais de 300 espécies de peixes.A característica ambiental mais marcante da floresta de várzea é a grande variação do nível das águas. Os rios Solimões e Japurá, que limitam a área da Reserva Mamirauá, transbordam anualmente, alagando totalmente a área, e elevando o nível d’água de, em média, 10 a 12 metros da estação seca para a cheia, anualmente.

Já a Reserva Amanã, contígua à Reserva Mamirauá, tem 2,35 milhões de hectares e, apesar de proteger vastas áreas de ambientes alagados, é formada principalmente por grandes extensões de terra firme. É a maior unidade de conservação do Brasil, com enorme área sem nenhuma ou quase nenhuma intervenção humana, localizada entre as bacias dos rios Japurá e Negro e um longo trecho do Médio Solimões.

Reserva de Desenvolvimento Sustentável

Reserva de Desenvolvimento Sustentável é uma nova categoria de unidade de conservação, cujo objetivo básico é conciliar a conservação da natureza à melhoria da qualidade de vida de seus habitantes.

Mamirauá, criada em 1996, é a primeira dessa categoria no Brasil. Cerca de 11 mil pessoas vivem nas duas reservas.

Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá

Sobre o IDSM. O Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá é uma Organização Social (OS), supervisionada pelo Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT).

Criado em 1999, sua missão é promover a conservação da biodiversidade mediante o manejo participativo e sustentável de recursos naturais.

Recebe apoio do governo do Estado do Amazonas, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), da Petrobras e do Wildlife Conservation Society/Fundação Gordon Moore.

Fonte: Portal Amazônia

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