Buscar novas fontes de proteína tem sido o desafio de muitas empresas no mundo todo. A crescente demanda por produtos livres de ingredientes de origem animal impulsiona a mudança em diversos setores da insdústria tradicional, que não quer perder espaço no comércio.
A nova planta de algodão foi criada por cientistas da Texas A & M University, que trabalham em seu desenvolvimento há 23 anos. O Food and Drug Administration (FDA) ainda não aprovou o projeto, mas quando der o sinal verde, os agricultores poderão cultivar o algodão como proteína e fibra à base de plantas .
“Vai ter gosto de hummus. Não é nada desagradável”, disse Keerti Rathorne, professor do Texas A & M, Ph.D. em fisiologia vegetal.
Ao longo de mais de duas décadas, Rathorne aprendeu a “silenciar” um gene em plantas de algodão transgênico que produzem uma toxina chamada gossipol. Sem o gossipol, a planta é supostamente segura para consumo humano.
Kater Hake, vice-presidente da Cotton Inc., que financiou o projeto além de fornecer pesquisa e marketing para produtores, diz que a produção comercial ainda está longe, mas que sementes de algodão, uma espécie de noz de árvore, são uma rica fonte de proteína. Se a produção comercial decolasse, 600 milhões de pessoas poderiam ser atendidas com a proteína vegana. As informações são do LiveKindly.
As sementes de algodão comestíveis também reduzirão os resíduos, pois o gossipol na planta padrão torna as sementes inúteis. Os agricultores que adotarem a cultura livre de toxinas estarão livres para vender as sementes para outros fins. Também poderia ser usado para substituir até a metade de toda a farinha de peixe. Estudos já comprovaram que peixes sentem dor e essa indústria é insustentável.
Tecnologia e bem-estar animal
Já é realidade a carne bovina cultivada em laboratório a partir de células animais. O processo é indolor para o animal, não existe abate e sua produção gera um impacto muito menos ao meio ambiente.
Embora ela ainda não esteja disponível no mercado, o governo americano já desenvolveu regulamentos para sua produção e distribuição.
Estima-se que a carnecultivada chegue às prateleiras dos supermercados em cinco anos.