EnglishEspañolPortuguês

VEGETAÇÃO PERDIDA

Alertas de desmatamento aumentaram na Amazônia em julho, mas caíram em um ano

No Cerrado, a situação foi inversa: queda no mês passado e elevação no período de agosto de 2023 a julho de 2024

10 de agosto de 2024
Redação Um Só Planeta
4 min. de leitura
A-
A+
Foto: Getty Images

O desmatamento na Amazônia subiu em julho em comparação com o mesmo mês do ano passado, de acordo com o sistema Deter-B, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). No período, foram perdidos 666 km² de vegetação, alta de 33% – em 2023, foram 500 km².

Mas nem tudo são más notícias. De agosto de 2023 a julho de 2024, o desmatamento na região caiu 45,7%. Trata-se da maior queda proporcional já registrada para o período. A área sob alertas (4.314,76 km²) é a menor da série histórica iniciada em 2016.

Nos 12 meses, houve retração em cinco dos nove estados Amazônia Legal: de 63% em Rondônia; 58% no Amazonas; 54% no Acre; 52% em Mato Grosso; e 47,7% no Pará.

No caso das 70 cidades do bioma consideradas prioritários para o combate ao desmatamento, houve queda de 53% da área sob alertas. Elas concentram mais da metade do desmatamento na Amazônia.

Nas Unidades de Conservação da Amazônia, a retração foi de 67%. E, as Terras Indígenas, de 50%, no mesmo período de 12 meses.

Cerrado

O Cerrado registrou aumento de 9% na perda de vegetação de agosto de 2023 a julho de 2024 – foram 7.015 km². Os estados do chamado Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) concentraram 75% da área sob alertas. Dentre eles, só a Bahia teve queda no período: 52,4%. Tocantins teve alta de 58,6%; Maranhão, de 31%, e Piauí, de 14,7%.

Os números do Deter também apontam queda de 24,8% de abril a julho na comparação com o mesmo quadrimestre de 2023. Em julho, foram registrados 444 km², retração de 26,7%.

Rondônia em chamas

A alta no desmatamento na Amazônia e no Cerrado têm a ver com a seca extrema que atinge os biomas. E essa condição também tem sido responsável por incêndios. Em Rondônia, julho foi o mês com maior número de registros de 2024 e o pior se comparado com o mesmo mês dos últimos 19 anos, segundo o Programa BDQueimadas, do Inpe.

Nos sete primeiros meses de 2024, o estado teve 2.082 focos de calor, alta de 183% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando 736 focos foram detectados. O Inpe pontua que há mais de 10 anos Rondônia não registrava um crescimento tão considerável na quantidade queimadas entre janeiro e julho.

Porto Velho e Nova Mamoré são os municípios com as maiores concentrações de incêndios – os dados vão até 26 de julho. Porto Velho teve 265 focos e, Nova Mamoré, 191.

Nos estados que fazem parte da Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão), foram registrados mais de 51 mil focos entre 1° de janeiro a 31 de julho deste ano.

Fonte: Um Só Planeta

    Você viu?

    Ir para o topo