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ALTA MORTALIDADE

Além da leoa e da chimpanzé: Zoológico de Belo Horizonte (MG) registra 273 mortes de animais em quatro anos

A Prefeitura determinou uma investigação imediata para apurar as circunstâncias das mortes e revisar protocolos internos, com foco especial na anestesia.

16 de novembro de 2025
Redação ANDA
1 min. de leitura
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Foto: Suziane Brugnara

As mortes recentes da leoa Pretória e da chimpanzé Kelly, no Zoológico de Belo Horizonte, em Minas Gerais provocaram indignação e trouxeram à tona números preocupantes. O zoo registrou 273 óbitos entre 2021 e 2025, segundo dados da própria administração.

Grande parte dos animais que vivem no zoológico vem de resgates, tráfico de fauna ou situações extremas de maus-tratos, chegando ao recinto com histórico de sofrimento físico e emocional. Essa condição prévia, segundo a administração, compromete a resposta a tratamentos, especialmente em casos de aves, que representam o maior número de mortes por serem naturalmente mais frágeis e possuírem menor longevidade.

Ainda assim, a elevada mortalidade reforça a necessidade de questionar se as estruturas disponíveis realmente atendem às demandas complexas desses indivíduos, já tão debilitados.

Tanto Pretória quanto Kelly perderam a vida durante procedimentos que exigiam anestesia, um risco notoriamente elevado para animais de grande porte. A comoção levou a Prefeitura a determinar uma investigação imediata para apurar as circunstâncias das mortes e revisar protocolos internos, com foco especial na anestesia.

Essas mortes são a consequência previsível de um sistema que trata seres sencientes como propriedade, confinados para entretenimento e estudo. Os zoológicos são o ponto final de um ciclo de destruição, que vai do tráfico que retira animais da natureza, aos “resgates” que os condenam a uma vida aprisionados.

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