Assim como os cãezinhos farejadores têm ajudado a resgatar vítimas na região serrana do Rio, muitas pessoas também estão ajudando os animais que foram vítimas das chuvas. Muitos perderam seus tutores e não têm onde morar nem o que comer. Inúmeros estão feridos e precisam de cuidados especiais.
Foi pensando nisso que Maria Elisabete Filpi, a Bebete, decidiu criar um abrigo para animais abandonados. Segundo a protetora, no dia que houve a catástrofe a região ficou sem luz e tudo parecia fazer parte de um filme de terror: dezenas de animais perambulando, abandonados e machucados, ainda entre os destroços: “fiquei desesperada, mas arrisquei minha vida para salvá-los”, desabafa.
Muitos deles estavam soterrados e chegaram com pneumonia, patas quebradas, desidratados e desnutridos. A equipe voluntária cuida dos cerca de 400 animais e, em seguida, os colocam para adoção. Seu maior apelo é que as pessoas os adotem logo, porque ainda têm muitos chegando.
A fotógrafa paulistana Paola Vianna, dona de Ziggy e Luna, dois labradores, já doou remédios em um dos pontos de arrecadação do Clube dos Vira-Latas. Segundo ela, que já realizou inclusive uma exposição de fotos dedicada aos cachorros – onde os próprios puderam participar, com direito a comidas e brincadeiras caninas, os bichos estão desemparados.
Como ela já doou utensílios para as pessoas, pensou: “por que não para os animais? Eles também merecem atenção principalmente porque não estão entendendo nada e a vida deles também foi por água abaixo”. Paola ainda diz que adoraria ir até lá e ajudar com afeto, mas como não pode, o que lhe resta, é a ajuda material.