Na manhã desta quarta-feira, a baía de Taiji, no Japão, foi palco de mais um capítulo sombrio na história da caça aos golfinhos. Caçadores localizaram um grupo de aproximadamente 35 golfinhos-listrados, espécie oceânica de águas profundas, e os conduziram à força para a enseada. O que se seguiu foi uma cena de pânico, sofrimento e morte, que mais uma vez expôs a crueldade dessa prática condenada por defensores dos direitos animais em todo o mundo.
Os golfinhos-listrados, acostumados às águas profundas do oceano, entraram em desespero ao serem encurralados nas águas rasas da enseada. Conforme eram empurrados para a área de abate, muitos se enredaram nas redes que os confinavam, sofrendo ferimentos graves e agonizantes. Um dos golfinhos, em particular, foi visto lutando por longo tempo, preso nas malhas que o impediam de escapar. Horas depois, um mergulhador carregou seu corpo sem vida para debaixo de uma lona, em uma imagem que simboliza a brutalidade do massacre.
A água da enseada, outrora cristalina, transformou-se em um cenário macabro, tingida de vermelho pelo sangue dos animais que, até poucas horas antes, nadavam livres no oceano. Todos os 35 golfinhos do grupo foram mortos, em mais um episódio que reforça a urgência de se discutir os direitos dos animais e a ética por trás de práticas como a caça em Taiji.
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A caça anual de golfinhos em Taiji, justificada por tradições locais e interesses econômicos, é alvo de críticas globais há anos. Além da morte cruel, a prática separa famílias inteiras de golfinhos, destrói ecossistemas marinhos e ignora a crescente evidência científica sobre a inteligência e a sensibilidade desses animais. Para ativistas e organizações de proteção animal, Taiji não é apenas um local de caça, mas um símbolo da desconexão humana com a natureza e da necessidade urgente de mudança.