“A torneira foi arrancada e a mangueira cortada. Estamos sem água, sem poder lavar os animais e dar-lhes água”, descrevia ainda incrédula Glória Afonso, do núcleo de Aveiro da PRAVI (Projeto de Apoio a Vítimas Indefesas), a propósito do cenário com que se deparou no canil e gatil da associação, situado em Cacia.
A decisão de cortar a água partiu do presidente da Junta de Freguesia de Cacia, Casimiro Calafate, que já tinha avisado a associação para abandonar as instalações até ao dia 31 de Dezembro do ano passado.
“Esta atitude é uma falta de tudo”, desabafava ontem Glória Afonso. “O senhor presidente da Junta de Freguesia sabe que andamos a tentar arranjar terreno e até sabe que andamos em conversações com a Câmara”, acrescentou. Glória Afonso não entende a atitude do presidente da Junta, “tanto mais porque temos uma reunião agendada com o presidente da Câmara Municipal para a próxima quarta-feira”.
Casimiro Calafate, por seu turno, considera que a Junta de Freguesia já anda há demasiado tempo à espera que a associação encontre um terreno alternativo. “Há três anos que andamos nisto”, declarou o autarca, ao mesmo tempo que assumia que a sua decisão de mandar cortar a água pretendeu, precisamente, “precipitar a saída do canil dali”.
Fonte: Diário de Aveiro