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CENSO

Agora sabemos quantas tartarugas-gigantes existem em Galápagos

7 de fevereiro de 2024
2 min. de leitura
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Foto: Galápagos Conservancy

As Ilhas Galápagos são, sem dúvida, um lugar mágico e incomparável. Neste famoso arquipélago equatoriano, a biodiversidade é abundante e, em muitos casos, endémica, principalmente devido ao seu isolamento geográfico no Oceano Pacífico, transformando cada uma das suas ilhas num paraíso natural de extraordinária riqueza.

Além disso, a peculiar ausência de predadores permitiu que espécies como as tartarugas, as iguanas e os leões-marinhos se desenvolvessem sem igual e, além disso, não se escondem na presença do homem, fato que fascinou os investigadores e lhes permitiu estudar a fauna de forma excepcional.

No entanto, esta caraterística não os torna imunes a algumas das ameaças que hoje em dia afetam os ecossistemas no resto do mundo, como as alterações climáticas, a introdução de espécies invasoras ou, em menor grau, a degradação dos habitats causada pelo turismo.

Mas este importante enclave de biodiversidade é também um local onde os esforços de conservação não param. O mais recente vem da própria Direcção do Parque Nacional das Galápagos, juntamente com uma equipa de cientistas da Galápagos Conservancy, e procura saber mais sobre um dos animais mais emblemáticos destas ilhas: a tartaruga gigante.

Durante séculos, as tartarugas gigantes cativaram a comunidade científica, não só pelo seu impressionante tamanho, mas também por outras características como a sua longevidade, o que as tornou objeto de numerosos estudos.

Existem pelo menos dez espécies destas grandes tartarugas nas Ilhas Galápagos, que podem compreender uma grande diversidade de sub-espécies, embora estejam actualmente em perigo de extinção. A sua sobrevivência tem dependido, em grande medida, de programas de reprodução em cativeiro e de outros êxitos na conservação do habitat.

Especificamente, no sul da ilha Isabela, existem nove populações das espécies Chelonoidis vicina e Chelonoidis guntheri localizadas entre os vulcões Cerro Azul e Sierra Negra. Esta área foi objecto de uma tarefa titânica: localizar e recensear todas as tartarugas que habitam estas zonas de difícil acesso para o homem.

Resultados

Um ano de expedições pelo território com o objetivo de acompanhar a vida destes animais revelou que existem actualmente um total de 4.146 tartarugas da espécie C. vicina e 461 tartarugas C. guntheri, bem como uma visão detalhada do estado de conservação dos ecossistemas em que vivem e da forma como os utilizam.

O director-geral da Galápagos Conservancy, Washington Tapia, salientou que esta informação permite também conhecer as ameaças que estes animais enfrentam e, assim, desenvolver ações concretas para a sua conservação. Os resultados apontam especialmente para as ameaças às tartarugas recém-nascidas, uma vez que os seus ovos são frequentemente comidos por algumas das espécies invasoras da ilha.

Termina assim aquele que seria o primeiro censo populacional exaustivo de tartarugas gigantes realizado no sul da Ilha Isabela, que para além de um simples registo é um exemplo de uma história de sucesso para a conservação de animais endémicos e essenciais como a tartaruga gigante das Galápagos.

Fonte: National Geographic

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