Segundo as informações do Metrópoles, no último sábado (11), o advogado Hugo Amâncio Alves foi preso em flagrante após tirar a vida de um cão com um tiro na cabeça. O animal estava dentro da propriedade de seus tutores, em Iporá, na região oeste de Goiás. A cena do crime foi capturada pelas câmeras de segurança do local.

Nas imagens, o advogado foi de carro até o local por volta das 22h30, no bairro Mato Grosso. Após descer do veículo, o homem chamou o animal até o portão da casa e atirou no cão em seguida. De acordo com a polícia, o advogado disse que cometeu o crime por vingança após o cão morder um de seus dedos.

Ato de crueldade

O ato de crueldade cometido pelo advogado, chocou a família do cachorro. Segundo o dono do animal, Igor Rodrigues de Moura, de 16 anos, que vive com a família na residência, em entrevista ao Metrópoles, lamentou a morte do pet. “Foi um tiro na cabeça do meu cachorro.”

O animal era da raça red heeler e tinha 3 anos de idade. “Não tem explicação para ele ter feito isso. Ele já chegou a falar que o cachorro era chato porque latia demais”, conta Igor.

O tutor do animal conta que o advogado frequentava a casa da família e ainda era muito amigo do seu pai. “Ele é de dentro de casa. Quase todo final de semana, estava na chácara. Provavelmente, não sabia que tinha câmera de segurança perto do portão”, relata.

Cão morto

Igor informou que na noite em que o cão foi morto, ele estava em casa com a namorada, esperando o horário sair de casa, os jovens iam a um show local. Apesar de ouvir o barulho do tiro, por segurança, permaneceram dentro de residência.

Um dos amigos de Igor, que acompanharia o casal ao show, encontrou o animal morto do lado de fora e ligou imediatamente para o tutor.

“Um amigo meu foi o primeiro a ver meu cachorro morto quando chegou à minha casa para irmos ao show. Ele chegou, me ligou e ficou paralisado. Eu atendi, mas ele não conseguiu falar nada. Depois, me disse que meu cachorro estava morto no portão. Fui lá fora e vi meu cachorro na poça de sangue”, contou.

Segundo o tutor do animal, a cena lhe causou muita revolta. “Veio sentimento de indignação, porque, na mesma hora que o vi, lembrei o tiro, o barulho que escutei. Meu coração partiu na hora. Não é só um cachorro que morreu. É um tiro na cabeça de um animal”, concluiu.

Até o momento, a defesa do advogado não foi identificada para se manifestar, segundo o Metrópoles. A Polícia Civil investiga o caso.

A advogada Vanessa Cândido Costa, presidente da subseção local da Ordem dos Advogados do Brasil em Goiás (OAB-GO), foi notificada da prisão e acompanhou a prisão.

A OAB informou que oferece apoio a todo advogado detido para preservar suas prerrogativas, porém a assistência é oferecida somente em casos onde não há violação do exercício profissional.