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Adotar animais especiais requer um carinho igualmente especial

3 de março de 2012
3 min. de leitura
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(Foto: Arthur Henrique/Esp. DP/D.A Press)

Optar por criar ou adotar um animal pode não ser tarefa das mais fáceis, principalmente quando se trata de um bichinho especial. Velhice, deficiência e doenças são as algumas das causas de abandono ou recusa de adoção. Visando evitar atitudes assim, diversas ONG’s organizam feiras de adoção e fazem campanhas de conscientização nas redes sociais, com o objetivo de diminuir o número de casos assim.

Goretti Queiroz, integrante do Movimento de Defesa Animal de Pernambuco (MDA/PE), já acolheu em sua casa cerca de dez animais, preparando-os para adoção. Entre estes, o fofíssimo Black, Labrador de apenas 4 meses. Ele foi encontrado ainda muito pequeno em uma comunidade no bairro de Boa Viagem, e logo foi adotado depois que teve sua foto divulgada na internet.

Porém, com menos de um mês, foi devolvido para por apresentar problemas de saúde. Desde então, a batalha tem sido diária. Black foi diagnosticado com fratura por compressão hemivertebral, causando perda de movimento nas patas traseiras. Seu tratamento requer sessões de hidromassagem e condicionamento físico, custo e trabalho que nem todo candidato a tutor está disposto a bancar. “A gente tem a responsabilidade de cuidar e deixar o animal pronto para adoção”, diz Goretti sobre o papel do protetor dos animais.

Mas nem todo mundo mede esforços ou custos para garantir o bem estar de um animalzinho especial. É o caso da psicóloga Telma Melo, de 47 anos, tutora da poodle Lilica, hoje com dez meses. Telma era dona de Nick, irmão de Lilica, comprado em uma petshop e diagnosticado com sinomóse. Em uma das visitas ao petshop e clínica veterinária para tratamento de Nick, ela conheceu Lilica, que já tinha sido devolvida para a loja depois de apresentar a primeira convulsão e também ser diagnosticada com a mesma doença.

Atendendo ao pedido da filha de nove anos, Dóris, Telma também levou Lilica para casa e assumiu o tratamento e os cuidados com a cadelinha. Nick morreu cerca de um mês depois de chegada de Lilica, mas ela resiste à doença e, hoje, é uma integrante da família e tem direito a todos os tratamentos que precisa, sem importar o custo necessário para mantê-la. O início do tratamento foi mais dispendioso, mas a psicóloga deu um jeito de equilibrar as contas. “Depois fui adequando as despesas e os cuidados com ela e hoje já cabe no orçamento da família. Tudo é questão de boa vontade e de dedicação”, ensina a psicóloga ao ser questionada com relação aos custos com o animal.

Feira – Quem se sentir inspirado pela história de tutores como Telma Melo, uma dica é a feira de adoção que acontece neste sábado (3), no Parque de Exposições do Cordeiro, no Recife. O labrador Black, citado no início da reportagem, inclusive é um dos 30 animais entre cães e gatos, filhotes e adultos jovens, que estarão disponíveis. O evento é uma parceria entre o Projeto Adote um Vira-lata/UFPE , o Movimento de Defesa Animal de Pernambuco, UFRPE e PCR para facilitar a adoção dos animais do Centro de Vigilância Ambiental/Recife (CVA).

Os interessados precisam ser maiores de 18 anos, apresentar comprovante de residência e documento com foto. O Os candidatos a tutores também precisarão assinar um termo de compromisso, passando a ser responsáveis pelo animalzinho adotado.

Serviço: Feira de Adoção

Onde: Parque do Cordeiro

Quando: 03 de março

Horário: das 9 às 17hs

Documentos: comprovante de endereço e documento com foto

Contato: [email protected]

Fonte: Pernambuco

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