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Administrador de condomínio é acusado de envenenar cães em Salvador (BA)

1 de julho de 2015
2 min. de leitura
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Comunicação – Ana Rita Tavares ( em colaboração para a ANDA)

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Um dos administradores do condomínio Colina de Piatã, em Salvador, Moacir Prazeres dos Santos Júnior, está sendo acusado de crime ambiental por moradores do empreendimento. Câmeras de segurança flagraram Moacir distribuindo pedaços de calabresa recheadas com chumbinho na área do clube do condomínio, o que resultou em três cães envenenados: dois são animais comunitários, conhecidos como Pretinha e Branquinho, e o terceiro, um cão da raça Shih Tzu, chamado por seus guardiões Marinês e Bruno Nakamura de Frozen. O caso foi registrado na 12ª delegacia de Itapuã.
Além dos seus guardiões, a denúncia também foi feita pela ONG Terra Verde Viva, em defesa dos dois animais comunitários vítimas do crime de maus tratos. De acordo com a advogada, ativista da causa animal e vereadora de Salvador, Ana Rita Tavares (PEN), o caso será levado à Justiça Estadual, em processo penal visando a condenação dos autores do crime, bem como das indenizações cíveis cabíveis.
Os animais comunitários, que eram queridos por muitos moradores do condomínio, sempre foram dóceis e bem cuidados, inclusive castrados. Eles vivem no local desde o início das obras dos condomínios recém construídos no local.
Um dos moradores que cuidava dos animais comunitários é Emerson Vilela.
Em sua página pessoal no Facebook, ele exibe uma foto com a cadela Pretinha e usou a rede social para lamentar o crime. “Eu amo aquela cadelinha. Sempre cuidei dos dois animais dando-lhes ração, remédios contra vermes e carrapatos. Fique muito triste com a notícia”, lamentou Vilela, que é funcionário do Pólo Petroquímico na cidade de Camaçari.
Ele relembra os momentos de felicidades com os dois cães, principalmente Pretinha, que sempre o acompanhava até a chegada do ônibus que o conduzia até o trabalho. “Todos os dias de manhã ela vinha falar comigo”.
Moacir é contratado da empresa Logoserv, que administra inúmeros condomínios pela cidade. Questionada pela vereadora Ana Rita, a empresa não se manifestou sobre o destino do empregado diante das acusações. “Apesar de o administrador ter sido identificado como autor do crime, surpreendentemente a Logoserv manteve no serviço esse agressor, ao invés de tê-lo demitido por justa causa. Mas, todos os processos judiciais cabíveis já estão sendo propostos, contra o Condomínio Colinas de Piatã, a Logoserv e seu empregado Moacir”, diz Ana Rita.
Pretinha e Branquinho, depois de socorridos, foram levados a um lar temporário, da Protetora Gilce Sant’Ana, onde se recuperam, para posterior adoção. “São animais que merecem viver num lar amoroso, que os tratem com o carinho e a responsabilidade que os livrarão de situações como essas vivenciadas por eles nesse triste episódio”, frisou Gilce.

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