Em Itapetininga, São Paulo, o médico veterinário Reynaldo Dias Landgraf Junior está fazendo a diferença na vida de muitos animais com o uso da acupuntura para tratar dores e desconfortos em cães e gatos.
A terapia chinesa consiste na aplicação de agulhas em determinados pontos do corpo para tratar de doenças físicas ou emocionais e também melhorar o sistema imunológico. Pode ser usada para tratar de diversos problemas, seja uma dor ou até mesmo problemas comportamentais.
“A acupuntura pode ser realizada em qualquer animal doméstico, independente da idade, pois a prática não visa tratar apenas um problema local, como por exemplo, uma dor, e sim, o corpo como um todo”, explica Reynaldo.
O veterinário, que já trabalha há três anos nessa área, conta que o tipo mais comum de tratamento com acupuntura em animais é para problemas locomotores osteomusculares.
“Na maioria dos casos a acupuntura é recomendada quando o animal tem um problema na coluna e para de andar, por exemplo. Com o tratamento, ele consegue recuperar os movimentos e ter uma qualidade de vida melhor. Também é bastante indicado em problemas comportamentais e doenças de pele”, comenta o veterinário.
Pode parecer doloroso, mas Reynaldo garante que é quase impossível machucar um animal. Ele explica: “O que pode acontecer é do tratamento não ter efeito se não forem colocadas as agulhas nos pontos certos. Por isso é necessário procurar um especialista”.
Os resultados são rápidos, podendo aparecer logo no primeiro mês, dependendo da doença que o animal possui.
“Um dos casos mais difíceis foi um cachorro que chegou até o consultório com cinomose, uma doença viral e altamente contagiosa que pode levar a morte ou deixar sequelas graves. Neste caso, o cão mexia apenas os olhos. Então indiquei uma sessão de acupuntura por semana e em dois meses ele começou a mexer as patinhas. Já faz um ano que ele faz o tratamento e agora consegue até ficar em pé”, conta.
O principal objetivo do tratamento é proporcionar uma melhor qualidade de vida para o animal, que na maioria das vezes perdeu algum tipo de movimento ou então está com dor.
“Toda vez que eu vejo um animal recuperado e sei que eu pude contribuir com isto é gratificante. É como se toda vez fosse a primeira vez. É como se um filme passasse pela minha cabeça, desde quando o tutor chega desesperado por causa do animal até quando ele vem animado me dizendo da recuperação. Não tem palavras para descrever a sensação. É muito gratificante”, conta emocionado.
A zootecnista Ana Paula Roque, passou por uma situação difícil com sua cachorrinha Lili de 8 anos que havia perdido os movimentos das patas traseiras por causa de uma hérnia de disco.
“Em abril deste ano ela parou de andar e descobrimos a doença. Na época o veterinário que a atendeu disse que ela não voltaria mais a andar e que a única solução para acabar com suas dores seria matá-la. Foi um choque muito grande, pois ela faz parte da família”, lembra.
Ana Paula pesquisou outros métodos de tratamento, até que um veterinário indicou a acupuntura.
“Pesquisei bastante sobre o tratamento em animais e acabei descobrindo a acupuntura. No final de junho já começamos o tratamento com uma sessão por semana. Logo nas duas primeiras sessões já começamos a perceber que ela parou de sentir dor e na quinta sessão ela ficou em pé. Foi inacreditável”, conta emocionada.