Açúcar não é bom, e não são apenas doces, balas e afins que têm essa ação nefasta. Alimentos como o arroz branco, com alto índice glicêmico, também fazem a glicose ir às alturas e, aí, os ponteiros do nosso relógio biológico saem do compasso, acelerando a passagem do tempo. Veja abaixo algumas informações que foram publicadas na Revista Saúde, da editora Abril.
DOCES VENENOS
Quando a glicose circulante no sangue e as proteínas se encontram, é estrago na certa. Veja nossa comparação:
1. Boa parte do que comemos se transforma em glicose. Essa substância, mais presente nos doces e nas massas, é fonte de energia do organismo. Mas é essencial a presença da insulina. Ela seria o talher que leva esse açúcar para dentro das células.
2. Quando ingerimos um alimento com índice glicêmico alto, o excesso de glicose em circulação causa um desarranjo na fabricação da insulina pelo pâncreas. Se a situação se repete, as células alteram a própria membrana e rejeitam a entrada da glicose. Esse quadro é o da famosa resistência à insulina.
3. O açúcar que não conseguiu entrar nas células fica sobrando pelo sangue. Nesse passeio à toa, encontra proteínas e não resiste a ligar-se a elas. Da união nascem compostos caramelados chamados de AGEs.
4. Os AGEs formam uma rede que, ao topar com qualquer célula do corpo, gruda-se em sua membrana. E aí elas ficam caramelizadas. Essa cobertura dificulta a divisão celular, que está por trás da renovação dos tecidos. Também impede a troca de informações entre as células e o meio em que vivem.
CHEIA DE DOÇURA E… FLACIDEZ!
A ação dos AGEs faz a pele despencar
1. Na pele jovem, as fibras de colágeno, responsáveis pela sua firmeza e elasticidade, deslizam umas sobre as outras quando o tecido é esticado.
2. Com consumo excessivo de alimentos com alto IG, essas fibras ficam endurecidas como doces caramelados. Ao se moverem, logo se esbarram e se quebram. E isso se traduz em rugas e flacidez diante do espelho.