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Acordo do Clima poderia salvar mais de um milhão de vidas por ano até 2050

25 de julho de 2019
2 min. de leitura
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Por David Arioch

Segundo a ONU, poluição do ar causa mortes prematuras enquanto a agropecuária favorece o desmatamento e as mudanças climáticas | Foto: Pixabay

Após lançar ontem a “Iniciativa Ar Mais Limpo”, convidando governos nacionais, estaduais e municipais a adotarem medidas de combate à poluição e ao aquecimento global, a Organização das Nações Unidas (ONU) lembrou que o cumprimento do Acordo de Paris, também conhecido como Acordo do Clima, poderia salvar mais de um milhão de vidas por ano até 2050 se levássemos esses problemas mais a sério.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada ano, a poluição do ar causa sete milhões de mortes prematuras. Desses óbitos, 600 mil são de crianças. De acordo com o Banco Mundial, a poluição do ar custa à economia global estimados 5,11 trilhões de dólares em perdas sociais.

Nos 15 países com os maiores volumes de emissões de gases do efeito estufa, os impactos de saúde da poluição do ar são estimados a um custo de mais de 4% do Produto Interno Bruto (PIB).

A redução da poluição do ar poderia gerar benefícios de saúde estimados em 54,1 trilhões de dólares, o que equivale aproximadamente ao dobro das despesas com mitigação.

Outro problema também que dificulta a redução das emissões de gases do efeito estufa e favorece a poluição do ar, da água e o aquecimento global é a produção e o consumo de carne, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). No Brasil, especialmente em consequência do desmatamento e da liberação de metano como consequência da ruminação dos bovinos.

“Mais recursos naturais são usados ​​para produzir carne, especialmente a água. Milhões de hectares de floresta tropical também são cortados e queimados para transformar terras em pastagens e campos para o gado”, aponta a FAO.

Por isso a organização sugere a adoção de uma dieta mais sustentável, com a introdução de refeições em que a carne seja substituída por alimentos que demandam menos recursos naturais no processo de produção. Exemplos são as leguminosas como feijões, lentilhas, ervilhas e grão-de-bico.


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