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Ação de repúdio ao assassinato de 5 mil chinchilas é realizada em Itapecerica da Serra (SP)

15 de setembro de 2011
3 min. de leitura
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Por Marcela Lagos (da Redação)

Foto: Divulgação/ Marcela Lagos

Um abatedouro de chinchilas parece algo totalmente distante de nossa realidade e de nosso dia-a-dia. Quem poderia imaginar que há um abatedouro de chinchilas em plena atividade ao lado de sua casa ou clube? Bem, esse funciona e tem 40 anos de existência!

Trata-se do “Cabanha Master Chinchila”, abatedouro, e segundo maior exportador de peles de chinchila da América do Sul. Questionados, vizinhos e polícia local, não souberam dizer nada a respeito. Ao tomarem conhecimento dos fatos durante a Ação dos Ativistas, sua reação foi de choque e indignação.

Foto: Divulgação/ Marcela Lagos

A Ação de Repúdio aconteceu no sábado último, dia 10. O comboio de Ativistas partiu da Rua Oscar Freire, um dos pontos mais famosos e procurados do mercado de luxo em São Paulo. Não era o foco da Ação, mas não terá sido mera coincidência o fato de haver um número maior que o normal de policiais de prontidão no local. Saíram de lá em direção à Rodovia Regis Bittencourt, e rumo ao abatedouro localizado em Itapecerica da Serra (SP), a poucos metros da avenida principal, numa rua tranquila com belas casas e muito bem camuflado sob ares de residência. Ali o abatedouro funciona a todo vapor.

Concentrados em frente ao local, mais de 50 ativistas se manifestaram durante aproximadamente uma hora e meia. Carlos Perez, o proprietário, e também presidente da ACHILA – Associação Brasileira de Criadores de Chinchila Lanígera, afirmou recentemente que devido à enorme demanda, não há tempo de usar éter durante os abates, para levar as chinchilas ao estado de inconsciência, antes de matá-las. Sendo assim, seus pescoços são simplesmente quebrados e estirados, o que, segundo ele, provoca morte “instantânea e indolor”. Numa analogia simples: se quebrar um dedo é algo tão doloroso, qual seria a sensação de ter uma parte do corpo tão cheia de terminações nervosas, como o pescoço, sendo quebrado? A resposta é fácil e, certamente, distante de “instantânea e indolor”. A terrível verdade é que essa “técnica de abate” leva os animais a se debaterem agonizantes até a morte.

Foto: Divulgação/ Marcela Lagos

Luiz Fernando Sobreiro, um dos organizadores da Ação, informa que esta não será uma ação isolada. Neste momento, advogados e o Ministério Público já tomam providências diante das irregularidades constatadas. Há também políticos engajados nesta causa e outras ações virão pela frente. “Isso foi apenas o começo”, diz ele. “Estamos organizando uma acampada nos dias 24 e 25 de setembro, em frente ao abatedouro. O objetivo dessas ações é impedir o assassinato de cinco mil chinchilas que está programado para o dia 30.”

Foto: Divulgação/ Marcela Lagos

Haverá também ações simultâneas, que visam informar e educar os moradores de Itapecerica da Serra a respeito do que está acontecendo em sua cidade.

Sobreiro lembra a importância de que haja um ativismo além do virtual. “É importante o trabalho realizado na internet, mas também é fundamental que ativistas e apoiadores estejam presentes. Essas pessoas que cometem crimes contra a vida, têm que nos ouvir e têm que nos ver. Eles têm que saber que estamos lá e que não vamos desistir enquanto continuarem os abusos e atentados contra a vida dos animais.”

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