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Acadêmicos desenvolvem projeto de resgate de animais feridos em MT

15 de agosto de 2014
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Professores e alunos do curso de medicina veterinária da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em Sinop, a 503 km de Cuiabá, desenvolvem um projeto para resgatar e cuidar de animais silvestres que são encontrados feridos dentro da cidade. Esses animais, em sua maioria, são vítimas de atropelamentos e também de maus-tratos. O Grupo de Estudos de Animais Silvestres (Gaes), atua dentro do Parque Florestal de Sinop.

Muitas pessoas frequentam o parque florestal e, por isso, o cuidado tem que ser constante tanto com os animais quanto às pessoas, que acabam maltratando as aves e os animais que ficam no local. “A gente já tem visto muitas coisa, até precisou chamar a atenção e dizer para a pessoa que não é bem assim”, contou o vigia Maurício Santino.

Mas outros problemas surgem pelo fato do parque ficar em uma área central da cidade. Muitos animais são atropelados ao tentar atravessar as vias que cortam a mata. Para auxiliar no atendimento desses animais foi criado, em 2012, o Grupo de Estudo de Animais Silvestres. Ao todo 40 pessoas, entre acadêmicos e professores da UFMT, que participam do projeto e acompanham constantemente os acidentes envolvendo animais na cidade.

O biólogo Tiago Henicka explica que os animais são acolhidos, passam por uma quarentena e avaliação clínica. Em seguida, passam pela vermifugação e, depois, os animais que apresentarem boas condições são encaminhados para a soltura. Já os que ainda estiverem em fase de reabilitação são mantidos no parque. “Aí é feito um tratamento, que é todo o papel do grupo”, destacou o biólogo.

O caso de uma arara da espécie Canindé, que foi atingida por um tiro nas costas, é um dos casos, por exemplo, que chama a atenção. “Essa arara foi encontrada nas extremidades com suspeita de atropelamento. Esse animal foi acolhido pelos guardas do parque. Aí nós pegamos e ele passou por avaliação”, contou Tiago Henicka.

A ave deve passar por uma cirurgia e, enquanto isso, está sendo mantido com analgésicos. O que dificulta o trabalho dos acadêmicos é que os animais do parque não são os únicos atendidos pelo projeto. “Com a grande demanda, as pessoas que procuravam o parque perguntavam se havia algum modo de ajudar e, então o grupo foi criado”, relatou a professora de zootecnia, Paula Moreira.

Para os acadêmicos do curso de veterinária essa é uma oportunidade para estudar um pouco mais os hábitos de animais que vivem em áreas mais próximas da cidade. “Nós lidamos desde a manutenção dos próprios recintos como também da alimentação. A gente pode acompanhar o comportamento dos animais, a saúde deles, todo o balanceamento alimentar que eles necessitam e podemos ter contato com vários animais diferentes”, pontuou a acadêmica Flávia Suelen Cianfa Santi.

Fonte: G1

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