A pesquisa, da Universidade de Minnesota, também descobriu que os futuros aumentos na sustentabilidade agrícola provavelmente serão conduzidos por mudanças na dieta e aumentos de eficiência ao invés de alterações nos sistemas de produção de alimentos.
Os pesquisadores examinaram mais de 740 sistemas de produção demais de 90 tipos diferentes de alimentos para compreender a relação entre as dietas, práticas de produção agrícola e a degradação ambiental. Os resultados foram publicados na revista Environmental Research Letters.
O autor principal, Michael Clark, disse: “Se quisermos diminuir o impacto ambiental da agricultura, mas ainda fornecer alimento seguro para uma população global crescente, é essencial entender como esses fatores estão relacionados”.
Usando avaliações do ciclo de vida – que detalham o impacto de entrada, saída e os efeitos ambientais de um sistema de produção de alimentos – os pesquisadores analisaram os impactos ambientais de diferentes sistemas de produção e diferentes alimentos.
O estudo incluiu níveis de utilização da terra, emissões de gases de efeito estufa (GEEs), uso de energia de combustíveis fósseis, eutrofização (escoamento de nutrientes) e potencial de acidificação.
“Mudanças dietéticas maiores, como a adoção global de dietas vegetarianas, ofereceriam benefícios ainda maiores para a sustentabilidade ambiental e a saúde humana”, destacou Clark.
“A falta de ação resultaria em aumentos maciços nos impactos ambientais da agricultura, incluindo o desmatamento de 200 a mil milhões de hectares de terra para uso agrícola, um aumento de aproximadamente três vezes no uso de fertilizantes e pesticidas, um crescimento de 80% nas emissões de GEE agrícola e um aumento rápido no prevalecimento de doenças relacionadas à dieta, como obesidade e diabetes”, explicou o coautor da pesquisa e professor David Tilman.