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CALOR EXTREMO

Abril de 2024 foi mais quente do que qualquer abril anterior

No mês passado, a temperatura foi 1,58°C mais elevada do que a estimativa da média do mesmo mês no período de 1850 a 1900

9 de maio de 2024
Redação Um Só Planeta
3 min. de leitura
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Pescador coletando peixes mortos causados pelo clima quente no sul do Vietnã, em 30 de abril de 2024 — Foto: Getty Images

Abril de 2024 foi o mês de abril mais quente já registrado, informou o Serviço de Alterações Climáticas Copernicus, da União Europeia, nesta quarta-feira (8). No período, a temperatura média do ar à superfície foi de 15,03°C. O valor é 1,58°C mais elevado do que a estimativa da média de abril para 1850 a 1900, o período de referência pré-industrial designado; 0,67°C acima da média de abril de 1991 a 2020 e 0,14°C acima do máximo anterior estabelecido, em abril de 2016.

Desde junho do ano passado, todos os meses têm sido classificados como os de temperaturas mais elevadas na comparação com o mês correspondente dos anos anteriores.

O Copernicus informa que a temperatura média global dos últimos 12 meses (maio de 2023 a abril de 2024) também é a mais alta já registrada, 0,73°C acima da média de 1991-2020 e 1,61°C acima da média pré-industrial de 1850-1900.

Na Europa, a parte Ocidental foi onde os termômetros subiram mais. Fora do continente, as temperaturas estiveram acima da média no norte e nordeste da América do Norte, na Groenlândia, no leste da Ásia, no noroeste do Oriente Médio, em partes da América do Sul e na maior parte de África.

O serviço meteorológico da UE destacou que o El Niño no Pacífico equatorial oriental continuou a enfraquecer rumo a condições neutras, mas as temperaturas do ar marinho em geral permaneceram em nível elevado em abril – 21,04°C, o valor mais alto já registrado para o mês, ligeiramente abaixo dos 21,07°C registrados em março.

Hayley Fowler, cientista climática da Universidade de Newcastle, disse à Reuters que os dados mostram que o mundo está perigosamente perto de violar a meta do Acordo de Paris, de 2015, de limitar o aquecimento global a 1,5ºC.

“Em que momento declaramos que perdemos a batalha para manter as temperaturas abaixo de 1,5? Minha opinião pessoal é que já perdemos essa batalha e realmente precisamos pensar muito seriamente em manter abaixo de 2°C e reduzir nossas emissões o mais rápido possível que pudermos”, afirmou.

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