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CRISE

Abrigos ucranianos sofrem com a falta de recursos e superlotação após 50 dias de guerra

16 de abril de 2022
Bruna Araújo | Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Reprodução | EuroNews | Stefan Weichert

A invasão russa está prestes a completar dois meses e a situação dos animais que estão na Ucrânia é crítica. Todos os abrigos estão sofrendo com a falta de suprimentos, comida e a superlotação causada pelo abandono de milhares de animais. A ativista Natalia Tyrko, voluntária de um abrigo em Lviv, afirma que teme pelo futuro dos cães e gatos que não conseguiram ser retirados do país. “Alguns dos animais estão em péssimo estado. Alguns não comem há muito tempo e estão estressados ​​com o que presenciaram. Alguns deles se mordem e se arranham. Estamos fazendo o possível para ajudar”, desabafou.

Foto: Reprodução | EuroNews | Stefan Weichert

O abrigo onde Natalia atua está acolhendo mais de 800 animais, entre cães e gatos. O local recebeu muito mais animais, mas alguns foram enviados para a Polônia ou encontraram novos adotantes em Lviv. Com recursos que recebeu do exterior, o abrigo está tentando construir novos recintos para acolher cães que foram salvos em Kiev após bombardeios russos. “Muitos animais são deixados aqui porque os tutores acham que eles trarão dificuldades para as famílias encontrarem abrigos em outros países. Estamos fazendo tudo o que podemos. Precisamos de mais ajuda. Estamos recebendo alimentos e remédios, mas precisamos de tudo”.

Foto: Reprodução | EuroNews | Stefan Weichert

Não há números oficiais sobre quantos animais domésticos ficaram desabrigados desde a invasão russa. Além dos abrigos tradicionais, bunkers e prédios do governo se tornaram abrigos improvisados para animais. Após mais de 50 dias de conflitos, ainda há muitos animais sendo resgatados em meio a escombros ou vagando em áreas devastadas. A maioria dos animais resgatados está com sequelas físicas e emocionais. Muitos perderam seus tutores e os viram morrer, mas há também os casos de cães e gatos traumatizados que foram abandonados pelas pessoas que mais amavam e confiavam. “Fazemos o que podemos para ajudá-los”, finalizou Natalia.

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