No filme Força-G, da Disney, porquinhos-da-índia são agentes secretos e receberam a dublagem de vozes famosas como Nicholas Cage e Penélope Cruz. Na época de seu lançamento, há cerca de um ano, a animação foi um tremendo sucesso. Não foi à toa que o porquinho-da-índia tornou-se um dos pets mais adquiridos em todo o mundo. O problema é que, recentemente, os abrigos de animais têm reclamado da superpopulação dos roedores sem lar. Isso porque, após passar a febre do filme, muitas crianças desistiram de seus bichinhos.
Com o objetivo de tentar conscientizar os adultos, a ONG PDSA pediu principalmente aos familiares que não se rendam aos apelos das crianças e só adquiram um animal de estimação depois de pensar seriamente a respeito. Em entrevista ao jornal britânico Telegraph, um porta-voz da entidade disse que “bichos de menor porte como os roedores merecem tantos cuidados, carinho e atenção quanto aqueles animais maiores”.
Nigel Mason, gerente executivo do Centro de Bem-Estar Animal Raystede, em Sussex, Inglaterra, acrescentou que sua ONG também vem sofrendo do mesmo problema e que a entidade teve um aumento de 25% a 30% no número de roedores recebidos. “Nós ainda temos cerca de 50 tartarugas por causa do filme As Tartarugas Ninja e alguns cães da raça dálmata devido ao filme 101 Dálmatas e sua sequência, 102 Dálmatas.
O Telegraph também chamou a atenção para o despreparo das crianças para cuidar de um bichinho, lembrando que, em 2003, um menino resolveu libertar seus peixinhos, colocando-os dentro do vaso sanitário. A criança foi influenciada pelo filme Procurando Nemo. Vale lembrar que na maioria dos casos, a culpa não é dos filhos, mas dos pais que não deveriam ceder aos apelos dos pequenos.
Fonte: PetMag
Nota da Redação: Vale lembrar, ainda, que lugar de animais como peixe e tartaruga é na natureza, não confinados em residências para satisfação de carências humanas. Não se deve tratar animais como brinquedos, cedendo aos caprichos infantis, mas também não se deve desconsiderar a essência natural desses seres, que é manter-se em seus habitats originais. Não há benefícios a qualquer animal que é tratado como objeto e comercializado com fins de lucro para quem vende e preenchimento de lacunas afetivas para quem o compra. Consciência por parte das produtoras de filmes e ética e respeito por parte de quem quer ajudar um animal é o mínimo que se espera. Cada animal comprado significa um animal a menos adotato, um animal a mais abandonado.