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GOIÁS (GO)

Abrigo usa conceito do BBB para ajudar na divulgação de cães para adoção

Abrigo tem mais de 200 animais, entre cães e gatos, em busca de lar. Imagem apresenta os participantes dos grupos 'Pipocão' e 'Cãomarote' do 'Big Dog Brasil'; veja como adotar.

19 de janeiro de 2022
4 min. de leitura
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Conheça alguns dos participantes “Pipocão” e “Cãomarote”, do “Big Dog Brasil” criado por abrigo de Goiânia. | Foto: Arquivo pessoal/G1

Um abrigo de animais está usando o conceito “Big Brother” para ajudar na divulgação de cachorrinhos para adoção, em Goiânia. Um vídeo mostra uma apresentação dos animais com suas características e nomes, igual ao exibido pelo reality. Conheça na gravação acima aos participantes dos grupos “Pipocão” e “Cãomarote” do “Big Dog Brasil” .

No vídeo, os amimais estão divididos por características bastante conhecidas pelo público do BBB. Começa pelo Malboro, que adora uma farofa, seguido pela Nina, a fada sensata. Claro que não poderia faltar o famoso Caramelo, descrito como o galã do abrigo. E para criar aquela expectativa pelo bom e velho “Fogo no Parquinho” tem a Anitta, a encrenqueira.

A estudante Lara Ribeiro Paranaguá, de 21 anos, uma das voluntárias do Abrigo dos Animais Refugados, disse que a ideia surgiu como uma forma de chamar a atenção da população. O local tem 200 animais, entre cães e gatos, precisando de um lar com amor e carinho.

“A gente viu o boom que está sendo o BBB e tivemos a ideia para tentar chamar a atenção. Nosso abrigo está cheio e não paramos de receber mais pedidos de resgates”, disse a voluntária.

Conheça alguns dos participantes “Pipocão” e “Cãomarote”, do “Big Dog Brasil” criado por abrigo de Goiânia. | Foto: Arquivo pessoal/G1

Como adotar?

A voluntária explicou que o interessado em adotar um dos animais deve entrar em contato com o abrigo pela rede social. Após isso, é feita uma triagem “rigorosa” para avaliar se a pessoa está apta para cuidar do animal escolhido.

“Todas as pessoas que ajudam no abrigo são voluntários. A triagem é justamente para não correr o risco de que o animal volte para a rua. A gente pede fotos do ambiente e explica sobre a adaptação do animal”, contou.

O abrigo cobra ainda uma taxa de R$ 50 reais pela adoção. Segundo a voluntária, esse valor é usado para manter o o local, já que todos os animais são entregues vermífugos, vacinados e com exames em dia. Além disso, a maioria é castrado.

Abrigo tem 200 animais para adoção, em Goiânia. | Foto: Arquivo pessoal/G1

Como ajudar?

O abrigo é comandado por voluntários e sobrevive por meio de doações. Por dia, o abrigo usa 50 kg de ração para os cães e 25 kg para os gatos, tendo um custo diário em torno de R$ 390. Ainda tem os gastos com limpeza, medicamentos, castrações, clínicas veterinárias, entre outros. A média mensal de custos para manter o abrigo é de R$ 20 mil.

“A gente resgata muitos animais que foram vítimas de maus-tratos, espancados, machucados. Às vezes, mesmo sem condições, a gente pega o animal para ele não ficar sofrendo. Nossa dívida com clínicas só aumenta”, contou.

Quem quiser ajudar pode doar os itens como produtos de limpeza e ração. Também pode fazer transferências por meio do PIX: [email protected]. Há ainda a possibilidade de apadrinhar um dos animais, com pagamento mensal de R$ 30. O padrinho pode levar o animal para passear, dar banhos e até passar um fim de semana com ele.

Abrigo precisa de ajuda para manter abrigo com mais de 200 animais, em Goiânia. | Foto: Arquivo pessoal/G1

Resgatando animais há 25 anos

O abrigo resgata animais em situação de rua e vítimas de maus-tratos há 25 anos. A história começou com Lívia Denise Camargo Borges dos Passos, que criou o local e recebia os animais ainda em sua casa. Com o passar dos anos, ela foi recebendo ajuda de voluntários e conseguiu um espaço maior, tendo em vista que o número de animais abandonados passou a aumentar a cada dia.

No entanto, aos 48 anos, Lívia acabou perdendo a vida para a Covid-19, em agosto de 2021. Guiados pelo amor aos animais, Lara disse que todos os voluntários decidiram seguir com o projeto criado por ela.

“A gente recebe pedidos diários de resgates de animais abandonados, de maus-tratos, pessoas que não conseguem mais cuidar, entre outros. Para nós é muito difícil dizer não quando recebemos esses pedidos. Queremos até ampliar nosso espaço para poder receber mais animais”, disse Lara.

Abrigo tem cães e gatos para adoção, em Goiânia. | Foto: Arquivo pessoal/G1

Fonte: G1

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