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Abrigo municipal de animais é interditado em Petrópolis (RJ)

16 de agosto de 2013
3 min. de leitura
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A secretaria estadual de Agricultura, através do Núcleo de Defesa Agropecuária, interditou em Petrópolis, Região Serrana do Rio, o abrigo municipal localizado em Itaipava e para onde são levados os animais de grande porte encontrados em vias públicas. A medida foi tomada depois da confirmação de animais com o vírus da Anemia Infecciosa Equina (AEI). O curral foi lacrado e os animais abrigados estão em quarentena. Durante o processo, nenhum animal pode entrar ou sair do espaço.

Anemia Infecciosa Equina (AEI) equivale ao vírus da imunodeficiência humana (HIV), muito diferente da anemia transmitida pelo carrapato. A transmissão é feita pela picada de mosquito e a orientação da Ministério da Saúde é de que os animais contaminados devem ser mortos. De acordo com a chefe do Núcleo de Defesa Agropecuária, Astrid Cruz, o vírus foi confirmado em quatro cavalos. Outros cinco equinos que não apresentaram o vírus estão no abrigo em quarentena e serão submetidos a novos exames em 30 e 60 dias. Segundo Astrid, se o resultado dos dois exames confirmar a ausência do vírus nos animais o local poderá ser liberado.

O espaço, segundo a coordenadora de atividades da ONG Anima Vida, Ana Cristina Ribeiro, já vinha sendo alvo de denúncia por não estar adequado para abrigar os animais. De acordo com Ana Cristina, já existe um inquérito civil que aborda a questão do abrigo de recolhimento dos cavalos. Nas observações apontadas em 2012 pelo promotor Vinícius Ribeiro, em visita ao local, o abrigo tinha banheiras velhas como recipientes de água; os animais estavam muito magros e com pelagem fosca; e ainda alguns com dificuldade de locomoção.

Para funcionar, o promotor determinou adequações, como a construção de coberturas nos currais para abrigar os animais; a instalação de cochos apropriados para colocar água e comida para os animais; o abastecimento de medicamentos, vacinas e exames, incluindo o de AIE; vermifugação e vacinação dos animais recém chegados; construção de uma área isolada para quarentena; a manutenção do serviço médico regular; manutenção de pessoal para cuidar dos animais (segundo o Grupo de Apoio Técnico (GAT) da Promotoria, atualmente são apenas duas pessoas); e ainda a criação de um livro de registros das atividades diárias.

Em visita recente ao local, em julho, o GAT constatou que o município não cumpriu com a maior parte das exigências feitas pelo promotor e pontuou novas alterações, como a construção das áreas onde ficam os cavalos que devem ser feitas em madeira, PVC ou algum material que não machuque o animal; cobertura para o abrigo de tamanho compatível ao número de cavalos; os cochos devem ficar em área coberta e em número para atender a todos os animais, e ainda o local deve apresentar como está sendo gerenciado os resíduos sólidos. Ficou determinado, também, que o município faça campanhas de adoção dos animais abandonados e da conscientização para a guarda responsável dos animais.

Aprefeitura de Petrópolis ainda não se manifestou sobre o assunto, assim como não informou sobre o novo local que deverá abrigar os animais de grande porte durante a interdição do abrigo em Itaipava.

Fonte: G1

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