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Abrigo nos EUA é acusado de matar animais pouco antes de serem adotados

7 de maio de 2010
3 min. de leitura
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Por Giovanna Chinellato (da Redação)

O abrigo de animais do município de Robeson (EUA), na Carolina do Norte, está sendo acusado de matar animais que já estão encaminhados para adoção.

Foto: Reprodução/Animals Change
Foto: Reprodução/Animals Change

Recentemente, o Gerber Animal Law Center de Raleigh preencheu um processo contra o abrigo em nome de Susan Barrett, que diz que o abrigo sacrificou um cachorro depois de ela dizer-lhes que pretendia adotá-lo. De acordo com o diretor de saúde Bill Smith, a política é não reter animais, mas “um animal pode ser adotado por alguém que esteja presente”. Barrett estava no estacionamento quando o cão que ela queria foi morto.

Vários outros grupos de resgate de animais assinaram a ação judicial, citando experiências similares de animais sendo mortos pouco depois de alguém ter demonstrado interesse por eles. “Quanto mais queremos um cachorro, mais rápido ele é morto.”

Ano passado, o abrigo sacrificou mais de 4.500 cães e gatos, cerca de 88% dos animais que foram admitidos. Smith culpa o excesso de animais, envolvimento limitado da comunidade, e falta de espaço e dinheiro. Mas essas são desculpas bem vagas considerando que, quando alguém da comunidade tenta se envolver, mais animais são mortos. E desde que esses relatos de abuso vêm circulando pela internet, a comunidade envolvida tem se expandido muito, com protetores vindos de todo o país para salvar animais de uma quase certa sentença de morte.

Adoção parece ser a menor prioridade para Robeson. De acordo com a ação judicial, o abrigo também tem uma política de manter no mínimo metade dos canis vazios para ajudar na limpeza. Parece que a maneira mais rápida de cortar suas taxas de eutanásia seria pôr esses canis em uso. Na sexta-feira passada, o abrigo abriu três horas depois do que anunciou para as adoções, apesar das doze pessoas esperando do lado de fora. Um empregado do abrigo disse que o atraso foi devido ao tempo de limpeza. Eles continuam reutilizando a desculpa da limpeza como se seus canis fossem um espetáculo em vez de um lugar preocupado em salvar e resgatar vidas das ruas. Não deveria ser muito esperar que um abrigo acolhesse animais.

O juiz do distrito Jeffrey Moore emitiu uma ordem restritiva para prevenir que o município de Robeson sacrifique mais animais que as pessoas tenham interesse em adotar. Smith disse que se preocupa que grupos de protetores comecem a ligar e pedir para adotar todos os animais, mesmo que não venham a fazê-lo. Como se matar todos os animais que passam pela porta não fosse a pior coisa que pudesse acontecer. E nunca passou pela cabeça dele que protetores não gastam tempo fingindo resgatar animais, que as pessoas realmente querem salvar os animais de seu abrigo?

Com informações de  Animals Change


Nota da Redação: Sob nenhuma justificativa a eutanásia deveria ser permitida, com exceção de casos extremos de saúde, em animais com doenças terminais. Portanto, a matança desses animais, independentemente do método utilizado, é uma prática criminosa e deve, como tal, ser punida. Abrigos que cumprem um papel que vai na contramão do bem-estar dos animais deveriam, no mínimo, ser fechados. A política de adoção, bem como a fiscalização do funcionamento dos abrigos, por parte das autoridades, é também algo que deixa muito a desejar. É preciso responsabilizar os criminosos e salvar esses seres inocentes das mãos humanas perversas – enquanto é tempo.


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