EnglishEspañolPortuguês

SALVADOR

Abrigo de animais é condenado após chuvas e realiza campanha para recomeçar

8 de março de 2022
Thayanne Magalhães l Redação ANDA
2 min. de leitura
A-
A+
Abrigo de animais tem estrutura danificada pelas chuvas em Salvador (Foto: Reprodução/TV Bahia)

Um abrigo de cães e gatos abandonados foi destruído pelas fortes chuvas que atingiram Salvador (BA) no último final de semana. O imóvel que fica localizado no bairro Paripe foi condenado pela Defesa Civil.

Agora, os responsáveis lutam para manter os 400 animais que precisam de abrigo, alimentos e medicamentos.

A seção baiana da Associação Brasileira de Proteção Animal (ABPA) perdeu parte da cobertura, pois telhas foram arrancadas com a ventania. Lonas tiveram que ser usadas e um gatil foi improvisado para que os gatos não se molhassem.

“Com a chuva forte, a telha reciclável não aguentou. O vento rasgou algumas telhas, que já eram bem antigas, e danificou os canis onde os cachorros ficam, além do gatil”, detalhou Rosangela Silva, uma das gestoras da unidade.

Desde 2019, a Defesa Civil de Salvador (Codesal), já havia alertado para os danos estruturais e recomendou a realocação dos bichos, ou a recuperação do terreno, que apresenta rachaduras significativas. Com o agravamento da situação, o imóvel foi condenado.

O abrigo, no entanto, não tem condições financeiras de realizar as obras apontadas pelo órgão. O funcionamento exige um custo mensal de R$ 50 mil e o espaço se mantém somente com doações, que reduziram drasticamente no período da pandemia.

Além disso, por causa do problema recente, a administração precisou utilizar todo o dinheiro que tinha no caixa e tentar evitar que mais água entrasse no abrigo e agora falta dinheiro para itens básicos, como ração e medicamentos.

Abrigo de animais tem estrutura danificada pelas chuvas em Salvador (Foto: Reprodução/TV Bahia)

Diante dessa situação, a associação iniciou uma campanha para arrecadar os valores e continuar o trabalho de proteção aos animais. Mas por causa da pandemia, a “vaquinha” também parou e o local continua com os mesmo problemas, que só pioram com o passar do tempo.

“A gente iniciou em 2020 uma vaquinha para aquisição de um terreno plano, porque consertar isso aqui sairia muito mais caro e a gente ainda teria que tirar todos os animais para fazer toda a obra. Só que quando a gente iniciou a vaquinha, a pandemia chegou e a vaquinha ficou parada”, explicou a presidente da seção baiana da ABPA, Cátia Oliveira.

Através do canal do abrigo na internet, é possível conhecer mais o trabalho prestado, bem como conferir as possibilidades de oferecer ajuda e até mesmo se candidatar para adoção responsável de um dos animais acolhidos.

“É risco até para a gente aqui, porque a gente tem que conviver com eles [animais], para não se sentirem sozinhos. Quando chegam abandonados, eles chegam sem entender o porquê dessa situação. Muita gente acha que deixar o animal em um abrigo é uma solução. Mas ele sente a perda, sente a dor”, finalizou Cátia Oliveira.

Você viu?

Ir para o topo