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Abrigo na Costa Rica é santuário para as preguiças perseguidas na floresta

29 de junho de 2014
2 min. de leitura
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As terras úmidas, na região do Caribe, são um dos dos lugares mais selvagens da Costa Rica.

Em um cantinho dessa região, no meio da floresta há um santuário, único no mundo a resgatar exclusivamente um dos animais silvestres mais dóceis do planeta: as preguiças.

Elas, deveriam estar livres, penduradas em árvores, mas foram tiradas da natureza por atropelamentos, choques em fios elétricos ou porque ficaram órfãs.

Apesar de tudo, tiveram sorte porque foram para um lugar onde milagres acontecem. Nas incubadoras, onde ficam os bebês, e nas jaulas onde vivem adultos como Chewbacca que chegou há dois anos com as patas traseiras paralisadas. Se continuasse na floresta, não sobreviveria.

Judy Arroyo, diretora do Sloth Sanctuary: Todos eles são milagres. Em primeiro lugar, cada bebê que chega é um milagre, por ter sido encontrado. Segundo, porque estava vivo. E o terceiro milagre é que existe esse lugar para recebe-los.

Judy é americana do Alaska. Começou a salvar preguiças por acaso, há mais de 20 anos no lugar que escolheu para aproveitar a aposentadoria.

Existem muitos mistérios sobre como as preguiças vivem e como se comportam no mundo. Mas já se descobriu que flores são um santo remédio para os momentos de tristeza. Quando elas estão sem fome, uma flor é dada como um presente.

Todas têm nomes, relatório de cuidados e uma história. O santuário evita a procriação, mas o invitável, às vezes acontece. Na dieta, também tem folhas, colhidas nas primeiras horas da manhã.

Sem as mães, se agarram a ursinhos de pelúcia. E dependem de pessoas, como a Claire, para aprender a comer. Ela largou o emprego de psiquiatra criminal para ser voluntária de bebês preguiça. A repórter pergunta se está feliz. E ela diz que é impossível não estar feliz

E quem disse que vida de preguiça é só preguiça? Também tem ginástica para que aprendam os truques da floresta, como se agarrar em troncos sem perder o equilíbrio.

Apesar da dedicação, nenhum desses pequenos peludinhos poderá voltar à floresta. Eles não conseguiriam sobreviver sozinhos. Mas no cativeiro viverão bem e por cerca de 30 anos.

Mais esperança ainda vem das pesquisas como a que monitora preguiças que vivem ao redor do santuário. Com a ajuda de transmissores elas querem saber como uma mãe cria seu filhote.

“O foco do meu estudo é identificar os tipos de folhas que eles comem. Queremos ensinar essa dieta aos bebes que chegam ao santuário para que um dia consigam sobreviver na floresta”, ressaltou Rebecca Cliffe, zootecnista da University of Wales.

Sobreviver em liberdade, lá em cima. Penduradas em árvores. Lá, estarão em casa. Preservar a vida parece ser um dos segredos desse país.

Fonte: Globo Repórter

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