A quota de captura de cetáceos pela Islândia para este ano subiu para 100 baleias “minke” e 150 baleias comuns, contra 40 “minke” e apenas nove baleias comuns em 2008, apesar de apelos internacionais contra o alargamento das quotas, decidido pelo governo demissionário do ex-primeiro ministro Geir Haarde e confirmado pela atual coligação de esquerda no poder.
A Islândia retomou a caça da baleia em 2006, depois de 16 anos de moratória.
“Esperamos capturar hoje a primeira baleia Minke”, disse a jornalistas um dos pescadores a bordo do navio baleeiro Johanna AR que deixou ao início da tarde o porto de Reiquejavique.
O Fundo Internacional para a Proteção dos Animais (IFAW), uma ONG britânica, enviou à embaixada da Islândia em Londres uma carta em que apelou para que as autoridades islandesas anulem a época de caça.
Os baleeiros islandeses caçam em baías afastadas de Reiquejavique, sendo a caça proíbida nas imediações do porto da capital para não interferir com a atividade turística de observação de cetáceos, que decorre até setembro.
De acordo com o director da Associação de Baleeiros da Islândia, Gunnar Bergmann, metade da carne das baleias capturadas será vendida no mercado local, sendo a outra metade exportada para o Japão.
A Islândia, que viu a sua economia devastada pela crise financeira, e a Noruega são os únicos países a praticarem a caça comercial de cetáceos. O Japão caça igualmente baleias, sob a justificação de fins científicos apesar de a carne ser comercializada.