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AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO

Abelhas sentem dor e devem ser incluídas nas leis de bem-estar animal, conclui estudo britânico

Nova pesquisa confirma que não somente as abelhas podem sentir dor, mas também fazem ativamente escolhas sobre sofrer ou não.

31 de agosto de 2022
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Pesquisadores da Queen Mary University of London descobriram que as abelhas podem modificar sua resposta a estímulos “nocivos” (doloridos) de uma maneira que é vista em outros animais como consistente com a capacidade de sentir dor, assim como roedores e primatas.

Segundo Matilda Gibbons, primeira autora do estudo, “os cientistas tradicionalmente viam os insetos como robôs insensíveis, que evitam ferimentos com simples reflexos. Descobrimos que as abelhas respondem ao dano de forma não reflexiva, de maneiras que sugerem que sentem dor. Se os insetos podem sentir dor, os humanos têm a obrigação ética de não lhes causar sofrimento desnecessário. Mas as leis de bem-estar animal do Reino Unido não protegem os insetos – nosso estudo mostra que talvez devessem”.

Os pesquisadores usaram um “paradigma de troca motivacional”, onde os animais devem trocar de forma flexível duas motivações concorrentes. As abelhas podiam escolher entre comedouros não aquecidos ou aquecidos nocivamente (55°C) com diferentes concentrações de sacarose e marcados por cores diferentes. Em conclusão, as abelhas decidiram sofrer alguma dor ou desconforto para obter uma recompensa maior de açúcar.

Apesar de serem cruciais para o planeta e para o equilíbrio dos ecossistemas, as abelhas não são animais protegidos. Como resultado, estima-se que até 25% das espécies estão ameaçadas de extinção.

As espécies de abelhas são ameaçadas por vários fatores, incluindo pesticidas nocivos que matam as populações de abelhas, a perda de habitat, mudanças climáticas e práticas antiéticas de apicultura industrial.

Estudo: Motivational trade-offs and modulation of nociception in bumblebees

 

Fonte: Ação Pelos Direitos Animais

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