Placas informativas e educativas contra o abandono de animais em áreas públicas podem ser afixadas visando à redução do número de animais abandonados em parques, praças, universidades e vias públicas.
A ideia partiu do deputado estadual Mauro Savi, que alegou ainda que grande parte da população desconhece que abandono e maus-tratos aos animais é crime. “O abandono, em especial os animais domésticos, como cães e gatos, é um problema que afeta cada vez mais os centros urbanos”, disse, destacando ainda que é uma prática cruel, desumana e criminosa que gera outros problemas socioambientais.
De acordo com uma reportagem divulgada pelo Diário de Cuiabá, mesmo sem uma estatística exata, estima-se que mais de 5 mil cães vivem nas ruas da capital expostos a maus-tratos, fomes e doenças. Além dos animais que fogem das residências, o abandono também cresce em decorrência a mudanças para apartamentos e condomínios fechados, que proíbe a presença de animais.
Para Michelle Scopel, da Organização de Proteção Animal de Mato Grosso (OPA-MT), a ação é um passo importante, mas o Estado ainda precisa amadurecer as políticas públicas para os animais. “A ação é importante, mas falta muito ainda. A castração desses animais é importante também”, lembra.
Segundo ela, a castração é uma medida importante para evitar que haja a procriação em massa, e assim, ocasionando o abandono. “Essa seria uma das medidas que poderiam ser adotadas, principalmente para os felinos, que se reproduzem com mais frequência em um menor tempo”, lembra.
Atualmente, a OPA conta com mais de 120 cães e apenas 10 gatos. A organização acolhe animais acidentados ou que estejam sofrendo maus-tratos e cuida. Segundo Michelle, 80% deles estão disponíveis para adoção.
O mesmo defende Mônica Buzelle, que já atuou na presidência da Associação Voz Animal, mas atualmente milita na causa. Segundo ela, a ação do deputado é essencial na luta contra o abandono. Porém, o trabalho de conscientização é longo.
Assim como Michelle, ela também defende a castração como uma das principais opções para evitar o abandono dos animais. “Tendo em vista que há uma grande taxa de natalidade, principalmente dos gatos, o abandono acaba sendo uma das consequências, já que é fácil conseguir um animal novo, recém-nascido”, lembra.
Agora, a indicação do deputado será encaminhada para as secretarias de Estado de Meio Ambiente e de Saúde, que deverão estudá-la para que seja adotada ou não.
Fonte: Diário de Cuiabá