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Abandono causa aumento de animais nas ruas de Arapiraca (AL)

7 de março de 2014
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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Eles são vistos como melhores amigos do homem e, muitas vezes, enchem de alegria e carinho uma casa. Mas na hora de provar a lealdade são os humanos que têm falhado. Isto se traduz nas dezenas de cães abandonados pelas ruas de Arapiraca. Nos bosques, nas praças, as matilhas são cada vez mais frequentes e, além do perigo para a saúde pública, demonstram a falta de compromisso daqueles que os abandonam.

O coordenador do Centro de Zoonoses (CCZ)de Arapiraca, Emanuel Cardoso, explica que muitos  tutores abandonam os animais como se fossem “objetos”. “Enquanto está sadio é um ente da casa, mas quando fica doente, (os tutores) jogam na rua, por isso há tantos”, afirma.

Ele frisou ainda que o CCZ possui somente dois veículos, um caminhão e uma carrocinha, sendo que esta tem mais de dez anos de uso e, por isso, vai para manutenção com freqüência.

A fundadora da Associação Humanitária de Proteção aos Animais de Rua (AHPAR), a empresária Tânia Maria Sales, concorda com Cardoso. Para ela, além de a legislação ser branda, as pessoas são coniventes com quem abandona os animais. “Quem vê outra pessoa jogando o cão fora não denuncia”, afirmou. Ela frisa que é importante que, mesmo branda, a lei seja respeitada.

AHPAR

Tânia Maria fundou a Associação em 2008, mas agora passa por dificuldades para mantê-la. Ela conta com apenas quatro voluntários que contribuem frequentemente com a Organização Não–Governamental e não recebe ajuda de nenhum órgão público. “Não posso carregar a associação sozinha. Mensalmente, são 100 sacos de ração para cães adultos; cinco para gatos e mais cinco para filhotes de cachorros”, desabafa a fundadora que enfatiza a importância da ajuda, principalmente de empresas.

Hoje, a ONG abriga 230 cães e 60 gatos abandonados, em uma chácara, localizada no sítio Pocinho, no município de Feira Grande. A maior parte dos animais saiu das ruas de Arapiraca e cidades próximas. “Os animais chegam queimados, agredidos, atropelados, mutilados. Houve um caso que cortaram o pênis do cachorro porque cruzou com a cadela do agressor”, revela Tânia.

Na Associação, cinco funcionários trabalham das 7h até as 18h. Eles alimentam, dão banho, colocam remédios e cuidam do espaço físico. A cuidadora Cida Santos é filha da caseira da chácara e também trabalha na associação. “Trabalhamos de domingo a domingo já que não podemos deixá-los sem cuidados”, diz.

Muitas pessoas vão à chácara, chegam a pegar os animais, mas em pouco tempo devolve-os ou os deixa nas ruas. “Elas vêm, olham, dizem que vão ajudar, mas nunca ajudam”, disse Cida.

A atual presidente da Associação, Scheila Márcia de Assunção, revela que não há mais condições de recolher mais animais por falta de recursos. “Estamos no limite”, afirma.

Quem quiser contribuir com a Ahpar, pode telefonar para os números 82 3539-9325 ou 9984-7703.

Fonte: 7 Segundos

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