O Centro de Controle de Zoonose (CCZ) de Mogi registrou a adoção de 250 animais recolhidos na Cidade em 2013. Além disso, a Prefeitura promoveu a castração de 8 mil deles, no período de 2006 a 2013, com a expectativa de realizar entre 3 mil e 4 mil procedimentos em 2014. Mesmo assim, a Organização Não Governamental (ONG) Adote Já, calcula que existem 20 mil cães e gatos soltos nas ruas.
O morador do Cidade Jardim, Marcos Lima, é um dos que protestam contra os casos frequentes de abandono de animais. “O Bairro virou depósito de cachorros abandonados. As pessoas param seus carros e soltam os cães. Existem mais de 20 cães de rua andando por lá”, relata ele, em carta pública neste jornal, publicada na última sexta-feira, na qual pede providências por parte da Prefeitura. Na tarde de ontem, a reportagem esteve no local, mas já não encontrou os animais soltos nas ruas.
O veterinário Eduardo Sigahi, do CCZ, por sua vez, destaca os projetos desenvolvidos pela Prefeitura para tentar minimizar o problema, como o sistema de adoção, uma iniciativa que vem “surtindo efeito”, pois além de reduzir o número, oferece a possibilidade de os bichos terem um destino melhor. Mesmo assim, o abrigo do Centro de Zoonose está com a lotação completa e só pode pegar novos animais à medida que forem sendo feitas adoções e liberação de vagas.
Para tentar reduzir o número de abandonados, Sigahi explica que o CCZ mantém um programa permanente e gratuito de castração para atender os munícipes no próprio Centro. “A Prefeitura também realiza mutirões de castrações, aos sábados, com uma unidade móvel (Petmóvel) nos bairros da Cidade, que são escolhidos de acordo com a importância epidemiológica, sendo priorizados os locais mais distantes”, acrescenta. Atualmente, o Petmóvel se encontra em Taiaçupeba para atender exclusivamente os moradores do Distrito. O primeiro local assistido pela unidade móvel foi Jundiapeba, onde 603 animais foram castrados, entre outubro de 2013 e janeiro de 2014.
Fonte: O Diário